Jorge Peixinho, bebendo do alargamento das possibilidades sonoras e transformações de paradigmas que o séc. XX trouxe, deixou-nos preciosos exemplos da sua criatividade como as duas peças electroacústicas “Electronicolírica” e “A Floresta Sagrada”. No plano da percussão e no formato desenvolvido de ensemble, dedica somente uma obra no seu catálogo, “Morrer em Santiago”, envolta numa carga de ideologia política, com a honestidade de quem defende e assume o que pensa, dedicando a obra a Salvador Allende.
“Empty Time/ Empty Space” de Eduardo Luís Patriarca surge como uma reflexão ao imaginário de Peixinho. Assume a instrumentação da obra correspondente, alterando no mínimo o conjunto instrumental. Reestruturam-se líricas, preocupações humanas e espirituais, num caminho de impermanência dos materiais e na vacuidade dos mesmos. — Eduardo Patriarca
Direcção musical: Miquel Bernat | Co-edição: Drumming GP, Circular Festival de Artes Performativas | 2021
1 Daniel Araújo, João Dias, João Miguel Braga Simões, Miquel Bernat, Pedro Oliveira, Rui Rodrigues, Saulo Giovannini: Percussão / Pedro Couto Soares: Flauta Doce e Cromorne / Miquel Bernat: Direcção | 3 André Dias, João Miguel Simões, Miquel Bernat, Pedro Góis, Pedro Oliveira, Rui Rodrigues: Percussão |
Süse Ribeiro: gravação, edição, restauro das peças 13 e 15, mistura e masterização | Miquel Bernat: Direcção Artística e Edição | Miguel Carvalhais: Design
Jorge Peixinho
1 Morrer em Santiago (1973) para 6 percussionistas
- Prelúdio
- Troppo
- Espiral
- Interlúdio I
- Elegía a la libertad perdida
- Tombeau
- Interlúdio II
- Septiembre de Santiago
- Ode
- Interlúdio III
- Tombeau de Pablo Neruda
- Postludio
Jorge Peixinho
2 A Floresta Sagrada (1992) para electrónica
Eduardo Luís Patriarca
3 Empty time/Empty Space (2017) para 6 percussionistas
Jorge Peixinho
4 Electrónicolírica (1979) para electrónica
Gravado a 5 de Março e 22 a 24 de Abril de 2021 no Café Teatro do Teatro do Campo Alegre, Porto.