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  • Diálogos (ensaio) © Bruno Simão

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Diálogos

Henrique Furtado Vieira

Dança

Teatro Municipal de Vila do Conde — Sala 1

30 Set. (Sáb.) | 21:30
M/6 | Duração aprox.: 65 min. | 5 € | bilhete combinado (permite acesso ao concerto de Sonoscopia)
Este espectáculo é uma espécie de organismo vivo que possui os intérpretes.

Em aparência e no seu discurso verbal, os intérpretes fazem um passeio por Lisboa num dia. Vão tendo conversas banais e partilhando memórias, com as quais vão criando uma arqueologia daquilo que são uns para os outros.

Mas paralelamente à (ou por dentro da) “conversa de chacha”, os corpos projectam um espaço imaginário colectivo onde cada zona do corpo é potencial ponto de acoplagem, de criação de interstícios, de espaços visíveis ou invisíveis, sugerindo acontecimentos exteriores a esses corpos, ou até criando um terceiro corpo: um corpo de corpos.

Com a ignição dos corpos, a palavra abre-se à imprevisibilidade. Por um lado torna-se vulnerável ao estado de não correspondência com os gestos, compondo-se um certo desajuste, um desalinhamento incongruente. Por outro lado, a presença da acção sobre a palavra pode revelar, paradoxalmente, não uma divisão ou um corte, mas uma relação simbiótica entre o movimento e o discurso. No encontro com o corpo em movimento, as palavras podem até tornar perceptível o imperceptível, permitem-nos sermos capazes de ver mentalmente coisas à nossa frente, de conjecturar e de criar novos significados.

A acção do corpo encontra múltiplas formas de organização que põem em vibração a “conversa de chacha”, dando assim visibilidade à dimensão sociológica mas sobretudo existencial, absurda, trágico-cómica do desempenho performativo que sustentamos na vida de todos os dias, no nosso quotidiano mais trivial. O corpo abre rachas nas palavras e mergulhamos nos abismos, nas fúrias, nos monstros, nos silêncios, nos buracos negros, nas utopias e nas distopias que palpitam dentro destes diálogos que nos parecem querer dizer “está tudo bem”.

Esta peça não tem início nem fim. Uma pessoa dialoga. Três pessoas dialogam. Infinitas entidades dialogam.

— Henrique Furtado Vieira



Concepção e Direcção Artística: Henrique Furtado Vieira | Performance e Co-criação: Catarina Vieira, Leonor Mendes, Sérgio Diogo Matias | Desenho de Luz, Direcção Técnica e Espaço Cénico:  Hugo Coelho – Aldeia da Luz | Criação Sonora e Música Original: João Bento | Técnico de Som: Kino Sousa | Figurinos: Rita Álvares Pereira | Assistente de Figurinos: Ana Sofia Vicente | Execução de Cenografia: Rita Pico | Olhar Exterior: Joclécio Azevedo | Produção e Difusão: O Rumo do Fumo | Administração: Vítor Alves Brotas | Agência 25 | Co-produção: CCB – Centro Cultural de Belém | Residência de Co-produção: O Espaço do Tempo | Residências e Apoio: Forum Dança, O Rumo do Fumo, Pro.dança, Câmara Municipal de Lisboa / Polo Cultural Gaivotas | Boavista | Agradecimento: Maria Antónia Matias, Marta Ramos, Marta Vieira, Miguel Pereira, Sofia Dias, Tânia Guerreiro, Tiago Barbosa, Tomás Mendes, Vera Mantero, Vítor Roriz | Projecto co-financiado pelo Garantir Cultura, Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER | Projecto financiado por República Portuguesa - Cultura | Direcção-Geral das Artes O Rumo do Fumo é uma estrutura financiada por República Portuguesa - Cultura | Direcção-Geral das Artes


www.orumodofumo.com

Henrique Furtado Vieira
Formado em engenharia de energia e meio ambiente, atualmente bailarino, performer e coreógrafo, Henrique Furtado Vieira vive em Lisboa. Efectuou a sua formação artística em várias instituições francesas (INSA de Lyon, Extensions – CDC de Toulouse, Prototype II e Dialogues III – Abadia de Royaumont). Desenvolve a sua prática artística principalmente entre a criação coreográfica e a colaboração como intérprete com vários artistas tais como Bleuène Madelaine, Eric Languet, Aurélien Richard, Céline Cartillier, Tino Sehgal, Salomé Lamas, André Uerba, Sofia Dias & Vítor Roriz, Ana Renata Polónia, Vera Mantero, Boris Charmatz e Tania Soubry. Pontualmente dedica-se à investigação, à pedagogia e à escrita em relação com a dança, em diferentes contextos e através de múltiplas parcerias (O Rumo do Fumo, Unlock Dancing Plaza, Ballet Contemporâneo do Norte, festival END, Comédias do Minho...), e mais recentemente tem estado envolvido como dramaturgista nas coreografias de Nicolas Hubert (Compagnie Épiderme) e de Giulia Arduca (Compagnie Ke Kosa). Os seus trabalhos são frequentemente criados em sinergia com outros artistas como em Bibi Ha Bibi, com Aloun Marchal, ou em Stand still you ever-moving spheres of heaven, com Chiara Taviani. Nos seus espectáculos / performances destaca-se a sobreposição de estilos e de géneros, a presença vocal na dança e o(s) espaço(s) da imaginação. Tem colaborado e apresentado o seu trabalho em instituições como Aerowaves, CDC Toulouse, Festival de teatro e dança de Goteborg, Festival Roma Europa, rede europeia DNA, Teatro Municipal do Porto, Festival Temps d’Image, Espaço do Tempo, CCB, entre outros.

henriquefurtado.cargo.site