Drumming GP/ Time Poetries de Carlos Guedes
Música
Teatro Municipal de Vila do CondeDuração: 65 min (aprox.) | Acesso gratuito
deixa de ser possível
perder ou ganhar tempo
quando a música e a memória
invertem o rumo da eternidade
(Regina Guimarães, 2024)Time poetries (Poéticas do tempo) é um ciclo de peças para lâminas e pequenos instrumentos de percussão e electrónica sobre suporte fixo que exploram a música como uma suprema arte do tempo, tornando-o audível de várias formas. Isso é feito explorando e aplicando técnicas de ilusão temporal como os “ritmos de Risset” que criam ilusões de acelerando ou retardando contínuas e infinitas, ritmos Euclidianos, ou técnicas de modulação métrica usadas comumente na música carnática do sul da índia. O ciclo, totalizando cerca de 56 minutos, leva os ouvintes numa viagem hipnótica, induzindo estados de transe e explorando sonoridades que evocam a música psicadélica. Pretende-se que o ouvinte entre numa viagem musical libertadora experienciando vários estados emocionais que advêm de diferentes formas de estar no tempo. Como afirmou Susanne Langer, “a música torna o tempo audível” (1953, p. 110). Esta obra pretende tornar essa relação visível.
Programa:
- Time Poetries (2022-2023) de Carlos Guedes
- Mirroring (2022) de Juan Arroyo
- estudio sobre la reflexión para cuatro percusionistas
- estudio sobre la reflexión para cuatro percusionistas
- Time Poetries (2022-2023) de Carlos Guedes
- 647 bateqs per a Miq (prólogo) para 3 congas, 2 bongós e metrónomo;
- Sliding Pulses (Time poem 1) para quarteto de marimbas e eletrónica;
- Euclidean Imbalance (Time poem 2) para quarteto de marimbas, temple bell, e eletrónica;
- The Grand Ritard (Time Poem 3) para glockenspiel, 2 vibrafones, marimba e eletrónica;
- O poeta da percussão (Time Poem 4) para 2 caxixis, 2 maracas, shaker, bateria, vibrafone e eletrónica;
- Resynthesis (Time Poem 5), para glockenspiel, 2 vibrafones, marimba, palmas, 2 caxixis, bateria e eletrónica.
- Sliding Pulses (Time poem 1) para quarteto de marimbas e eletrónica;
- Euclidean Imbalance (Time poem 2) para quarteto de marimbas, temple bell, e eletrónica;
- The Grand Ritard (Time Poem 3) para glockenspiel, 2 vibrafones, marimba e eletrónica;
- O poeta da percussão (Time Poem 4) para 2 caxixis, 2 maracas, shaker, bateria, vibrafone e eletrónica;
- Resynthesis (Time Poem 5), para glockenspiel, 2 vibrafones, marimba, palmas, 2 caxixis, bateria e eletrónica.
Autor: Carlos Guedes | Direcção artística: Miquel Bernat | Percussão: Miquel Bernat, Pedro Góis, João Miguel Braga Simões, Vítor Castro | Som: Suse Ribeiro
Nascido no Porto, Carlos Guedes tem uma actividade compositiva multifacetada, contando com inúmeras encomendas para dança, teatro, cinema, além de música convencional de concerto. Em 2019 contou a 80.ª estreia em público, o seu trabalho tem sido ouvido em inúmeros festivais e salas de concerto incluindo The Kitchen, Joyce SoHo, Judson Church, ArCo, De Waag, SXSW, Teatro Nacional de S. João, SIGGRAPH, Shanghai eArts, Casa da Música, Expo ’98, Expo 2020, NYUAD Arts Center, Porto 2001, Guimarães 2012, Beijing Modern Music Festival 2016, Sharjah Flag Island Festival, e Asia Culture Center (Gwangju, Coreia do Sul).
Desenvolve uma actividade musical eclética que combina várias abordagens usando tecnologia musical (música industrial, techno, e música espectral), num trabalho colaborativo por natureza, quer com outras formas artísticas quer com outros músicos. Colaborações recentes incluem “Fragile ecosystems” (2019) para bombo e eletrónica encomendada por (e dedicada a) João Dias; “Uma coisa longínqua” (2020, Teatro de Ferro, dir. Igor Gandra); “Neve” (2021, Balleteatro, coreógrafa: Né Barros); “Jardineiro imaginário” (2022, Teatro de Marionetas do Porto, dir Isabel Barros).
Em 2021-2022, Carlos Guedes foi o compositor residente no Drumming GP, onde desenvolveu o ciclo para percussão e música eletrónica com fixed-media intitulado “Time Poetries”, com a duração de cerca de 50 minutos (estreia integral em 2023). Recentemente editou o disco “Shadows and reflections” (2021) do seu duo Chess com o pianista dinamarquês Nikolaj Hess. Parte da sua música está disponível nas plataformas de streaming Spotify, Apple Music, YouTube, Bandcamp, etc.
Paralelamente, desenvolve projectos de investigação que pretendem aprofundar o conhecimento sobre a música do golfo arábico. Ele é o co-fundador do grupo Music and Sound Cultures na New York University Abu Dhabi (NYUAD), um grupo dedicado à investigação multidisciplinar em música que desenvolve projetos metodologicamente híbridos combinando abordagens tradicionais e digitais das humanidades, e inteligência artificial.
Carlos Guedes é professor associado em música na NYUAD, com afiliações no curso de Engenharia de Computadores desta universidade e com o curso de Tecnologia Musical da NYU Steinhardt.
Juan Arroyo é compositor em residência no Centro Henri Pousseur (2014), IRCAM (2015), Cité Internationale des Arts (2015), Membro da Academia de França em Madrid - Casa de Velazquez (2016), no Centro de Criação Musical Art Zoyd (2017), membro da Académie de France em Roma - Villa Médicis (2017). Juan Arroyo é actualmente o compositor convidado da Orquestra Nacional do Peru, co-director artístico e maestro do conjunto Regards, co-director artístico do Festival Sonomundo, curador do festival Experimenta no Grande Teatro Nacional do Peru, professor no conservatório d'Argenteuil e membro do Conselho Artístico da Casa de Velásquez.
Juan Arroyo nasceu em Lima, Peru. Estudou composição nos Conservatórios de Lima, Bordéus e no Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris. Aprofunda os seus conhecimentos musicais em formações como Voix Nouvelles e o IRCAM. Foi orientado por compositores eminentes como Allain Gaussin, Brian Ferneyhough, Heinz Holliger, Henri Pousseur, Jean-Yves Bosseur, Luis Naón, Mauricio Kagel, Michael Levinas e Stefano Gervasoni.
A sua música tem sido distiguida com vários prémios, como o prémio da Fundação Salabert (2013), o prémio da Academia de Belas Artes de França (2015) e o prémio de composição Ibermusicas (2022). Recebe encomendas do Ministério da Cultura francês, da Radio France, do Centre Henri Pousseur, da SACEM e da Donaueschinguen Musiktage. As suas obras são interpretadas por músicos como Ensemble Intercontemporain, L'Itinéraire, Linea, LAPS, L'Arsenale, Proxima Centauri, Sonido Extremo, Orquestra Nacional do Peru, Vertixe Sonora e Tana Quartet. A sua música é apresentada em grandes festivais como Ars Musica, Présences, Cervantino, La Chaise-Dieu, Ensems e ¡Viva Villa!
O seu trabalho de composição gira em torno da hibridação sonora. Em 2014, iniciou uma etapa fundamental do seu trabalho artístico com a construção de novos instrumentos capazes de transmutar o seu som, os TanaInstruments. Isto permitiu-lhe hibridar as pistas perceptivas dos sons para revelar a natureza evocativa e irracional da sua substância, tornando-os por vezes enigmáticos.
Drumming, Grupo de Percussão
Vocacionado para a música contemporânea e de portas abertas a todos os mundos sonoros, o Drumming Grupo de Percussão, fundado e dirigido por Miquel Bernat, percussionista e pedagogo de prestígio internacional, afirma-se como um dos mais importantes colectivos do género a nível internacional, desde o seu surgimento em 1999.
Foi grupo residente da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura e atua com regularidade nas mais conceituadas salas nacionais das quais se destacam a Fundação Gulbenkian, Teatro Nacional São João, Culturgest, Centro Cultural de Belém, Teatro Rivoli, Serralves, Casa da Música. No estrangeiro apresentou-se em Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Suíça, Rússia, Brasil, Chile, Argentina e África do Sul.
O Drumming GP desafia a inovação sonora propondo espectáculos de carácter diverso, sustentados pela sua coerência estética e unidade poética que unem a música à vertente cénica e outras formas de arte, com o foco de inquietar o público e criar novos tipos de concerto, sempre com uma narrativa muito sólida. O grupo viaja da percussão erudita ao jazz, passando pela electrónica e o rock e tentando igualmente desenvolver música de cena para teatro, ópera e bailado. A sua constante actividade criativa conta também com as vertentes didático-pedagógica e social.
O Drumming GP é pioneiro na criação de uma orquestra de timbilas (instrumento tradicional africano e antepassado da Marimba) que tanto interpreta as músicas de tradição oral (de origem Moçambicana), como músicas concebidas por compositores contemporâneos que escrevem especialmente para o grupo. Criou também o primeiro ensemble de steel drums (instrumento tradicional de Trindade e Tobago) da Península Ibérica baseado também nas duas vertentes: tradicional e experimental.
Na sua constante actividade e criação de música contemporânea, em parceria com compositores e artistas conceituados, o Drumming encomendou e estreou, desde 1999, dezenas de obras e tem, por isso, contribuído significativamente para o crescimento do repertório para grupo de percussão e outras formações com percussão. Devido a este facto, o grupo conta com uma obra única e personalizada e actuou já com muitos outros agrupamentos e solistas, dos quais se destacam Ivan Monigueti (violoncelo), Glen Velez (percussionista), Sérgio Carolino (Tuba), e Edicson Ruiz (contrabaixo Orquestra Simon Bolivar/Filarmónica de Berlim).
Na discografia do grupo constam: Unreal Sidewalk Cartoon (Bernado Sasseti + Drumming GP), Estrenes a la Pedrera da revista cultural NEXUS da Fundació Caixa Catalunya (2008) com música de Agustí Charles, Pocket Paradise (2009) dedicado à música de Jesus Rueda, Step by Step (2013), com música de António Pinho Vargas, Mares (2016), com composições de António Chagas Rosa (considerado o melhor disco do ano pelo O Público em 2016), Horizonte Ondulado (2017) de José Manuel López López, A Liturgia dos Pâssaros (2019) homenagem a Olivier Messiaen de Daniel Bernardes, Arquipélago de Luís Tinoco (1º prémio PLAY de música clássica 2020), Textures&Lines (2020) uma criação do Drumming com Joana Gama e Luís Fernandes, Peixinho-Patriarca-Percussão (2021) do Jorge Peixinho e E. Patriarca, etc. No próximo 27 de novembro serão lançado em Serralves Play-Off (2022) de Vasco Mendonça.
Para além da sua pró-actividade ao nível da criação de novos espetáculos, fomentação de compositores e criadores sonoros da atualidade, o grupo trabalha e explora, desde a sua criação, a qualidade, personalidade e inovação do seu som, colaborando também na invenção e configuração de instrumentos ou baquetas únicas contribuindo para o aprimoramento e evolução deste meio.
Miquel Bernat, Direcção Artística, percussionista é um dos maiores dinamizadores da cena internacional, contribuindo fortemente para a divulgação e solidificação da percussão, abrangendo no seu trabalho os mais diversos tipos de música que vai desde o erudito, experimental com electrónica, até ao meio popular e vernacular, interagindo com diversas áreas artísticas. Estudou nos conservatórios de Valência, Madrid, Bruxelas e Roterdão, e frequentou o Aspen Summer Music Course nos Estados Unidos da América. Foi laureado com o “Prémio Extraordinário Final de Curso” dos conservatórios de Madrid e de Bruxelas, o Prémio Especial no Gaudeamus na Holanda em 1993, bem como o segundo prémio do Aspen Nakamichi Competition (EUA). Músico de grande versatilidade, tocou na Orquestra Ciutat de Barcelona e Royal Concertgebouw Orchestra de Amesterdão. Foi membro do Duo Contemporain de Roterdão e fundador do Ictus Ensemble de Bruxelas, com o qual tem vindo a fazer variados espectáculos (em alguns deles tocando como solista) com a coreógrafa A. T. de Keesrmaeker da Cia. Rosas, entre outros. Solista em diversos recitais por todo o mundo, destacam-se as estreias mundiais dos Concertos de Percussão de David del Puerto, César Camarero, Luis de Pablo, Mauricio Sotelo e Joan Guinjoan, como solista com a Orquesta de Cadaqués, Orquestra Nacional do Porto, Orquesta de la Comunidad de Madrid, Orquesta Sinfónica de Murcia, Orquesta de la Radio Television Española (RTVE), Borusan Orchestra de Istambul, Cyprus Symphony Orchestra, MusikFabrik, Remix Ensemble,etc. Estreiou no IRCAM/Centre George Pompidou de Paris “Mantis Walk in a Metal Space” de Javier Alvarez, primeiro concerto mundial de Steel Drums, com o Ictus Ensemble, e destaca-se a sua participação como solista com o conceituado barítono Spyros Sakkas na música cénica “Oresteia” de Iannis Xenakis em festivais e salas como Radio France de Montpellier, Estambul Festival, Cyprus Festival, Auditorio Nacional de Madrid, Cité de la Musique de Paris, etc. Fundou no Porto o Drumming-GP, um dos grupos de percussão mais dinâmicos da cena internacional, com uma grande receptividade crítica. O Drumming-GP foi grupo residente do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, tendo vindo a apresentar-se no Brasil, África do Sul, Itália, Espanha, França, Bélgica e nas maiores salas de Portugal.
Desenvolve uma actividade musical eclética que combina várias abordagens usando tecnologia musical (música industrial, techno, e música espectral), num trabalho colaborativo por natureza, quer com outras formas artísticas quer com outros músicos. Colaborações recentes incluem “Fragile ecosystems” (2019) para bombo e eletrónica encomendada por (e dedicada a) João Dias; “Uma coisa longínqua” (2020, Teatro de Ferro, dir. Igor Gandra); “Neve” (2021, Balleteatro, coreógrafa: Né Barros); “Jardineiro imaginário” (2022, Teatro de Marionetas do Porto, dir Isabel Barros).
Em 2021-2022, Carlos Guedes foi o compositor residente no Drumming GP, onde desenvolveu o ciclo para percussão e música eletrónica com fixed-media intitulado “Time Poetries”, com a duração de cerca de 50 minutos (estreia integral em 2023). Recentemente editou o disco “Shadows and reflections” (2021) do seu duo Chess com o pianista dinamarquês Nikolaj Hess. Parte da sua música está disponível nas plataformas de streaming Spotify, Apple Music, YouTube, Bandcamp, etc.
Paralelamente, desenvolve projectos de investigação que pretendem aprofundar o conhecimento sobre a música do golfo arábico. Ele é o co-fundador do grupo Music and Sound Cultures na New York University Abu Dhabi (NYUAD), um grupo dedicado à investigação multidisciplinar em música que desenvolve projetos metodologicamente híbridos combinando abordagens tradicionais e digitais das humanidades, e inteligência artificial.
Carlos Guedes é professor associado em música na NYUAD, com afiliações no curso de Engenharia de Computadores desta universidade e com o curso de Tecnologia Musical da NYU Steinhardt.
Juan Arroyo é compositor em residência no Centro Henri Pousseur (2014), IRCAM (2015), Cité Internationale des Arts (2015), Membro da Academia de França em Madrid - Casa de Velazquez (2016), no Centro de Criação Musical Art Zoyd (2017), membro da Académie de France em Roma - Villa Médicis (2017). Juan Arroyo é actualmente o compositor convidado da Orquestra Nacional do Peru, co-director artístico e maestro do conjunto Regards, co-director artístico do Festival Sonomundo, curador do festival Experimenta no Grande Teatro Nacional do Peru, professor no conservatório d'Argenteuil e membro do Conselho Artístico da Casa de Velásquez.
Juan Arroyo nasceu em Lima, Peru. Estudou composição nos Conservatórios de Lima, Bordéus e no Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris. Aprofunda os seus conhecimentos musicais em formações como Voix Nouvelles e o IRCAM. Foi orientado por compositores eminentes como Allain Gaussin, Brian Ferneyhough, Heinz Holliger, Henri Pousseur, Jean-Yves Bosseur, Luis Naón, Mauricio Kagel, Michael Levinas e Stefano Gervasoni.
A sua música tem sido distiguida com vários prémios, como o prémio da Fundação Salabert (2013), o prémio da Academia de Belas Artes de França (2015) e o prémio de composição Ibermusicas (2022). Recebe encomendas do Ministério da Cultura francês, da Radio France, do Centre Henri Pousseur, da SACEM e da Donaueschinguen Musiktage. As suas obras são interpretadas por músicos como Ensemble Intercontemporain, L'Itinéraire, Linea, LAPS, L'Arsenale, Proxima Centauri, Sonido Extremo, Orquestra Nacional do Peru, Vertixe Sonora e Tana Quartet. A sua música é apresentada em grandes festivais como Ars Musica, Présences, Cervantino, La Chaise-Dieu, Ensems e ¡Viva Villa!
O seu trabalho de composição gira em torno da hibridação sonora. Em 2014, iniciou uma etapa fundamental do seu trabalho artístico com a construção de novos instrumentos capazes de transmutar o seu som, os TanaInstruments. Isto permitiu-lhe hibridar as pistas perceptivas dos sons para revelar a natureza evocativa e irracional da sua substância, tornando-os por vezes enigmáticos.
Drumming, Grupo de Percussão
Vocacionado para a música contemporânea e de portas abertas a todos os mundos sonoros, o Drumming Grupo de Percussão, fundado e dirigido por Miquel Bernat, percussionista e pedagogo de prestígio internacional, afirma-se como um dos mais importantes colectivos do género a nível internacional, desde o seu surgimento em 1999.
Foi grupo residente da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura e atua com regularidade nas mais conceituadas salas nacionais das quais se destacam a Fundação Gulbenkian, Teatro Nacional São João, Culturgest, Centro Cultural de Belém, Teatro Rivoli, Serralves, Casa da Música. No estrangeiro apresentou-se em Espanha, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Suíça, Rússia, Brasil, Chile, Argentina e África do Sul.
O Drumming GP desafia a inovação sonora propondo espectáculos de carácter diverso, sustentados pela sua coerência estética e unidade poética que unem a música à vertente cénica e outras formas de arte, com o foco de inquietar o público e criar novos tipos de concerto, sempre com uma narrativa muito sólida. O grupo viaja da percussão erudita ao jazz, passando pela electrónica e o rock e tentando igualmente desenvolver música de cena para teatro, ópera e bailado. A sua constante actividade criativa conta também com as vertentes didático-pedagógica e social.
O Drumming GP é pioneiro na criação de uma orquestra de timbilas (instrumento tradicional africano e antepassado da Marimba) que tanto interpreta as músicas de tradição oral (de origem Moçambicana), como músicas concebidas por compositores contemporâneos que escrevem especialmente para o grupo. Criou também o primeiro ensemble de steel drums (instrumento tradicional de Trindade e Tobago) da Península Ibérica baseado também nas duas vertentes: tradicional e experimental.
Na sua constante actividade e criação de música contemporânea, em parceria com compositores e artistas conceituados, o Drumming encomendou e estreou, desde 1999, dezenas de obras e tem, por isso, contribuído significativamente para o crescimento do repertório para grupo de percussão e outras formações com percussão. Devido a este facto, o grupo conta com uma obra única e personalizada e actuou já com muitos outros agrupamentos e solistas, dos quais se destacam Ivan Monigueti (violoncelo), Glen Velez (percussionista), Sérgio Carolino (Tuba), e Edicson Ruiz (contrabaixo Orquestra Simon Bolivar/Filarmónica de Berlim).
Na discografia do grupo constam: Unreal Sidewalk Cartoon (Bernado Sasseti + Drumming GP), Estrenes a la Pedrera da revista cultural NEXUS da Fundació Caixa Catalunya (2008) com música de Agustí Charles, Pocket Paradise (2009) dedicado à música de Jesus Rueda, Step by Step (2013), com música de António Pinho Vargas, Mares (2016), com composições de António Chagas Rosa (considerado o melhor disco do ano pelo O Público em 2016), Horizonte Ondulado (2017) de José Manuel López López, A Liturgia dos Pâssaros (2019) homenagem a Olivier Messiaen de Daniel Bernardes, Arquipélago de Luís Tinoco (1º prémio PLAY de música clássica 2020), Textures&Lines (2020) uma criação do Drumming com Joana Gama e Luís Fernandes, Peixinho-Patriarca-Percussão (2021) do Jorge Peixinho e E. Patriarca, etc. No próximo 27 de novembro serão lançado em Serralves Play-Off (2022) de Vasco Mendonça.
Para além da sua pró-actividade ao nível da criação de novos espetáculos, fomentação de compositores e criadores sonoros da atualidade, o grupo trabalha e explora, desde a sua criação, a qualidade, personalidade e inovação do seu som, colaborando também na invenção e configuração de instrumentos ou baquetas únicas contribuindo para o aprimoramento e evolução deste meio.
Miquel Bernat, Direcção Artística, percussionista é um dos maiores dinamizadores da cena internacional, contribuindo fortemente para a divulgação e solidificação da percussão, abrangendo no seu trabalho os mais diversos tipos de música que vai desde o erudito, experimental com electrónica, até ao meio popular e vernacular, interagindo com diversas áreas artísticas. Estudou nos conservatórios de Valência, Madrid, Bruxelas e Roterdão, e frequentou o Aspen Summer Music Course nos Estados Unidos da América. Foi laureado com o “Prémio Extraordinário Final de Curso” dos conservatórios de Madrid e de Bruxelas, o Prémio Especial no Gaudeamus na Holanda em 1993, bem como o segundo prémio do Aspen Nakamichi Competition (EUA). Músico de grande versatilidade, tocou na Orquestra Ciutat de Barcelona e Royal Concertgebouw Orchestra de Amesterdão. Foi membro do Duo Contemporain de Roterdão e fundador do Ictus Ensemble de Bruxelas, com o qual tem vindo a fazer variados espectáculos (em alguns deles tocando como solista) com a coreógrafa A. T. de Keesrmaeker da Cia. Rosas, entre outros. Solista em diversos recitais por todo o mundo, destacam-se as estreias mundiais dos Concertos de Percussão de David del Puerto, César Camarero, Luis de Pablo, Mauricio Sotelo e Joan Guinjoan, como solista com a Orquesta de Cadaqués, Orquestra Nacional do Porto, Orquesta de la Comunidad de Madrid, Orquesta Sinfónica de Murcia, Orquesta de la Radio Television Española (RTVE), Borusan Orchestra de Istambul, Cyprus Symphony Orchestra, MusikFabrik, Remix Ensemble,etc. Estreiou no IRCAM/Centre George Pompidou de Paris “Mantis Walk in a Metal Space” de Javier Alvarez, primeiro concerto mundial de Steel Drums, com o Ictus Ensemble, e destaca-se a sua participação como solista com o conceituado barítono Spyros Sakkas na música cénica “Oresteia” de Iannis Xenakis em festivais e salas como Radio France de Montpellier, Estambul Festival, Cyprus Festival, Auditorio Nacional de Madrid, Cité de la Musique de Paris, etc. Fundou no Porto o Drumming-GP, um dos grupos de percussão mais dinâmicos da cena internacional, com uma grande receptividade crítica. O Drumming-GP foi grupo residente do Porto 2001-Capital Europeia da Cultura, tendo vindo a apresentar-se no Brasil, África do Sul, Itália, Espanha, França, Bélgica e nas maiores salas de Portugal.
A sua carreira como pedagogo traduz na docência nos Conservatórios de Música de Roterdão e Bruxelas e na Universidade de Aveiro. Criou o primeiro curso superior de Percussão de Portugal na ESMAE do Porto. É também professor na ESMUC de Barcelona. Tem sido convidado como professor nos International Summer Course for New Music de Darmstadt (Alemanha), no “El Sistema de Orquestras de Venezuela” (FESNOJIV), no “Instrumenta” de Oaxaca (México), em CIVEBRA de Brasília e UNICAMP de Campinas (Brasil), entre outros. Um dos seus mais recentes projectos tem consistido na criação de uma colecção de Estudos de Concerto para Marimba, em estreita colaboração com compositores conceituados, que publicou em 2017 na Editorial “Tritó” de Barcelona e obteve a Beca Red Leonardo para Investigadores e Criadores Artísticos de 2016 da Fundação BBVA para sua difusão. Miquel Bernat é um apaixonado pela criação actual, assim como, um dos exponentes mais comprometidos com a expansão da arte da percussão.
Pedro Góis é um percussionista com uma ampla e multifacetada carreira na música erudita e contemporânea, é licenciado e mestre em Ensino de Música pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo/Escola Superior de Educação (Porto), na classe dos professores Miquel Bernat, Manuel Campos, Nuno Aroso, Rui Gomes e Michael Lauren. Ao longo da sua trajectória artística, teve o privilégio de colaborar com diversas orquestras e ensembles de variadas formações, incluindo a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra do Algarve, Orquestra Utópica, Orquestra Clássica de Espinho e a Orquestra Clássica da Póvoa de Varzim, bem como o Ictus Ensemble, Drumming Grupo de Percussão, Pulsat Percussion Group e o Ensemble Contemporâneo da Póvoa de Varzim. Destaca-se também a sua participação em projectos interdisciplinares com diversas companhias de dança, tais como a Companhia Rosas de Anne Teresa de Keersmaeker, Companhia Paulo Ribeiro, Companhia Instável e Arte Total. Teve a oportunidade de trabalhar e estabelecer colaborações directas com compositores de renome internacional, tais como Steve Reich, Helmut Lachenmann, Peter Eötvös, Heinz Holliger, Enno Poppe, Toshio Hosokawa, Jesús Torres, Emmanuel Nunes, António Pinho Vargas, Luís Tinoco, Miguel Azguime, Daniel Bernardes, Pedro Amaral e Vasco Mendonça, entre muitos outros. Contribuiu para o registo de inúmeras gravações, entre as quais se destacam os álbuns “Archipelago” de Luís Tinoco, distinguido como o melhor álbum de música erudita/clássica nos Prémios PLAY 2020, “Liturgy of the Birds” de Daniel Bernardes e “Play Off” de Vasco Mendonça, ambos merecedores de destaque na imprensa nacional e internacional. Atualmente, é membro dos Drumming Grupo de Percussão, membro fundador dos Pulsat Percussion Group, reforço regular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Solista A na Banda Sinfónica Portuguesa e docente na Academia de Música de Costa Cabral.
Pedro Góis é um percussionista com uma ampla e multifacetada carreira na música erudita e contemporânea, é licenciado e mestre em Ensino de Música pela Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo/Escola Superior de Educação (Porto), na classe dos professores Miquel Bernat, Manuel Campos, Nuno Aroso, Rui Gomes e Michael Lauren. Ao longo da sua trajectória artística, teve o privilégio de colaborar com diversas orquestras e ensembles de variadas formações, incluindo a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara Portuguesa, Orquestra do Algarve, Orquestra Utópica, Orquestra Clássica de Espinho e a Orquestra Clássica da Póvoa de Varzim, bem como o Ictus Ensemble, Drumming Grupo de Percussão, Pulsat Percussion Group e o Ensemble Contemporâneo da Póvoa de Varzim. Destaca-se também a sua participação em projectos interdisciplinares com diversas companhias de dança, tais como a Companhia Rosas de Anne Teresa de Keersmaeker, Companhia Paulo Ribeiro, Companhia Instável e Arte Total. Teve a oportunidade de trabalhar e estabelecer colaborações directas com compositores de renome internacional, tais como Steve Reich, Helmut Lachenmann, Peter Eötvös, Heinz Holliger, Enno Poppe, Toshio Hosokawa, Jesús Torres, Emmanuel Nunes, António Pinho Vargas, Luís Tinoco, Miguel Azguime, Daniel Bernardes, Pedro Amaral e Vasco Mendonça, entre muitos outros. Contribuiu para o registo de inúmeras gravações, entre as quais se destacam os álbuns “Archipelago” de Luís Tinoco, distinguido como o melhor álbum de música erudita/clássica nos Prémios PLAY 2020, “Liturgy of the Birds” de Daniel Bernardes e “Play Off” de Vasco Mendonça, ambos merecedores de destaque na imprensa nacional e internacional. Atualmente, é membro dos Drumming Grupo de Percussão, membro fundador dos Pulsat Percussion Group, reforço regular da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Solista A na Banda Sinfónica Portuguesa e docente na Academia de Música de Costa Cabral.
João Miguel Braga Simões é um músico baseado no Porto, membro do Drumming Grupo de Percussão e dos Trash Panda Collective (ensemble que fundou em Amesterdão). A sua actividade profissional tem-se estendido a projectos a solo, de música de câmara e de orquestra e o seu foco principal está na criação, interpretação e disseminação de música nova e no trabalho de comissão com diferentes compositores e intérpretes. Paralelamente à sua actividade concertística é docente na Universidade do Minho. Apresenta- se regularmente com o Drumming GP (maioritariamente em Portugal e Espanha), assim como em recitais a solo e viaja com frequência para os Países Baixos para actuar em alguns dos melhores festivais de música Neerlandeses (como o Gaudeamus; Rewire MF; Sounds of Music Festival, entre outros). Tem-se inserido cada vez mais nos circuitos de improvisação livre, musica exploratória e cruzamentos estéticos através dos trabalhos desenvolvidos com o Trash Panda Collective, a participação em Omniae Large Ensemble, as colaborações regulares com o compositor Igor C Silva, o projecto desenvolvido com Nuno Aroso e Ikue Mori e o desenvolvimento do seu projecto “Melting Music”. João participou na criação e gravação do álbum Textures&Lines com Drumming GP, Joana Gama e Luis Fernandes, editado pela Holuzam e considerado o melhor álbum nacional pela Oficína Radiofónica de Rui Miguel Abreu (2020). Os seus trabalhos discográficos mais recentes são Lumina (álbum do Omniae Large Ensemble – 2021), Peixinho Patriarca Percussão (álbum de documentação da musica de Jorge Peixinho e E. Patriarca – 2021) e o novo album do Drumming GP de música portuguesa para quarteto de marimbas, que será lançado em 2023. Completou em 2017 o seu mestrado em Percussão com especialização em “New Music” no Conservatorium van Amsterdam com o apoio da bolsa de aperfeiçoamento artístico da Fundação Calouste Gulbenkian. O seu percurso académico passou também por Braga e pelo Porto onde concluiu a licenciatura na ESMAE.
Vítor Castro é um dos mais talentosos percussionistas da sua geração a surgir no patamar internacional. Começou os seus estudos musicais no Conservatório de Guimarães, fazendo a sua licenciatura na ESMAE (Porto). Viaja mais tarde para a Holanda onde concluiu, com nota máxima, o seu Mestrado em Performance de Percussão com Especialização em New Music no Conservatorium van Amsterdam, na classe dos professores Rachel Zhang, Arnold Marinissen, Bence Major, Nick Woud, Peter Prommel. Para os seus estudos no estrangeiro foi lhe atribuída a bolsa artística da Fundação Calouste Gulbenkian. Vítor Castro tem vindo a ser laureado em concursos nacionais e internacionais como o Concurso de Interpretação do Estoril (2º prémio) ; Marimba Festiva International Competition (2º prémio e Special Prize) ; Concurso Ibérico de Percussão “Tum-pa-tum- pa” (2º prémio) ; ”Concurso Paços Premium” (1º prémio) ; “Concurso Nacional de Música de Câmara de Vila Verde” (1º prémio). Foi também selecionado, para estágios/festivais de orquestra e também ensembles de música contemporânea, entre os quais a “Lucerne Festival”, “Grafenegg Academy”, “Jovem Orquestra Portuguesa”, “Estágio Gulbenkian para Orquestra”, “Freiburg Ensemble Akademie“ e “World Percussion Group”. Colabora regularmente com grupos como, Lucerne Festival Contemporary Orchestra, Drumming GP”, Orquestra XXI e Orquestra Gulbenkian. Atualmente, ocupa o lugar de timpaneiro na Orquestra de Guimarães e é Director Artístico/Percussionista do ensemble GUICollective.
Vítor Castro é um dos mais talentosos percussionistas da sua geração a surgir no patamar internacional. Começou os seus estudos musicais no Conservatório de Guimarães, fazendo a sua licenciatura na ESMAE (Porto). Viaja mais tarde para a Holanda onde concluiu, com nota máxima, o seu Mestrado em Performance de Percussão com Especialização em New Music no Conservatorium van Amsterdam, na classe dos professores Rachel Zhang, Arnold Marinissen, Bence Major, Nick Woud, Peter Prommel. Para os seus estudos no estrangeiro foi lhe atribuída a bolsa artística da Fundação Calouste Gulbenkian. Vítor Castro tem vindo a ser laureado em concursos nacionais e internacionais como o Concurso de Interpretação do Estoril (2º prémio) ; Marimba Festiva International Competition (2º prémio e Special Prize) ; Concurso Ibérico de Percussão “Tum-pa-tum- pa” (2º prémio) ; ”Concurso Paços Premium” (1º prémio) ; “Concurso Nacional de Música de Câmara de Vila Verde” (1º prémio). Foi também selecionado, para estágios/festivais de orquestra e também ensembles de música contemporânea, entre os quais a “Lucerne Festival”, “Grafenegg Academy”, “Jovem Orquestra Portuguesa”, “Estágio Gulbenkian para Orquestra”, “Freiburg Ensemble Akademie“ e “World Percussion Group”. Colabora regularmente com grupos como, Lucerne Festival Contemporary Orchestra, Drumming GP”, Orquestra XXI e Orquestra Gulbenkian. Atualmente, ocupa o lugar de timpaneiro na Orquestra de Guimarães e é Director Artístico/Percussionista do ensemble GUICollective.