Extramuros | Escola Básica 2, 3 Frei João de Vila do Conde | Maio 2025
Outros Projectos
O projeto Extramuros – Práticas artísticas em diálogo destina-se a alunos do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e tem como objetivo explorar o potencial das práticas artísticas no envolvimento de crianças e jovens na descoberta e exploração ativa da sua identidade, estabelecendo as bases para repensar questões relacionadas com a relação entre a educação, a cultura e a cidadania.
As sessões deste ano decorrerão em Maio e incluirão as seguintes atividades:
— Assimétrico (oficinas de movimento), por Beatriz Valentim
— Fragoso Destino (título provisório), por Dori Nigro
— Onde moram as utopias?, por Inês Barbosa
Assimétrico (oficinas de movimento) por Beatriz Valentim
Enquanto professora, bailarina e coreógrafa, estou muito ligada à educação e aprendizagem da dança e do movimento. Dessa forma, tendo ouvido adolescentes durante vários anos, estes ateliers de movimento pretendem questionar os jovens sobre o que desperta para a música, que importância lhe atribuem, dando a conhecer a sua história, as formas de criar música e de a dar a ouvir. Focar-se-á na relação do som e do movimento, e em particular da música com o corpo como instrumento relacional. Esta ideia parte da pesquisa que desenvolvo neste momento para a minha próxima criação “Assimétrico”. Iremos também abordar a construção de um espetáculo, tocando em temas como cenografia, luz e som, para além da criação coreográfica em si, despertando a curiosidade e a sensibilidade estéticas.

© DR
As sessões deste ano decorrerão em Maio e incluirão as seguintes atividades:
— Assimétrico (oficinas de movimento), por Beatriz Valentim
— Fragoso Destino (título provisório), por Dori Nigro
— Onde moram as utopias?, por Inês Barbosa
Assimétrico (oficinas de movimento) por Beatriz Valentim
Enquanto professora, bailarina e coreógrafa, estou muito ligada à educação e aprendizagem da dança e do movimento. Dessa forma, tendo ouvido adolescentes durante vários anos, estes ateliers de movimento pretendem questionar os jovens sobre o que desperta para a música, que importância lhe atribuem, dando a conhecer a sua história, as formas de criar música e de a dar a ouvir. Focar-se-á na relação do som e do movimento, e em particular da música com o corpo como instrumento relacional. Esta ideia parte da pesquisa que desenvolvo neste momento para a minha próxima criação “Assimétrico”. Iremos também abordar a construção de um espetáculo, tocando em temas como cenografia, luz e som, para além da criação coreográfica em si, despertando a curiosidade e a sensibilidade estéticas.
As propostas serão maioritariamente práticas e irão consistir em exercícios de exploração do som e do movimento.

© DR

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Fragoso Destino (título provisório) por Dori Nigro
Esta oficina performativa banhada por mitologias ancestrais e memórias pessoais/comunitárias, a partir das histórias do rio Fragoso, Olinda (Brasil), convida a todas as pessoas a partilharem suas memórias/mitos sobre rios. Num primeiro momento teceremos um lençol coletivo tendo como mote lembranças de rios. Num segundo momento, conversaremos sobre como as práticas artísticas problematizam o racismo ambiental, reinventando pedagogias de resistência. Esta oficina será movida pela dialogicidade e ludicidade para abarcar os saberes/viveres de cada participante.

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Onde moram as utopias? por Inês Barbosa
Há 50 anos, sonhava-se em uníssono. Nas escolas, fábricas e associações, experimentaram-se formas de democracia viva, mobilizando o pensamento e a ação utópica. E hoje? Que pequenas revoluções podemos semear aqui e ali, nos lugares que ocupamos? Inspirados pelo espírito do PREC, nesta oficina de cartografia visual, vamos identificar problemas, imaginar soluções e traçar caminhos para uma escola mais democrática e criativa. Porque a política não se faz apenas nos parlamentos, faz-se também nos recreios, nas salas de aula e em cada espaço onde se constrói o saber coletivo.
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© Elvira Leite (Porto, 1977)
Beatriz Valentim nasceu na Póvoa de Varzim em 1995; é bailarina, coreógrafa e professora. Iniciou os seus estudos de dança pela Royal Academy of Dance e concluiu em 2013, o curso de formação de bailarinos na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Completou a sua formação com o Elit Trainning Program da Companhia Budapest Dance Theatre e o F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz. É licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE, terminando como bolseira do Camping 2020 do Centre National de la Danse, Paris.
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© Elvira Leite (Porto, 1977)
Beatriz Valentim nasceu na Póvoa de Varzim em 1995; é bailarina, coreógrafa e professora. Iniciou os seus estudos de dança pela Royal Academy of Dance e concluiu em 2013, o curso de formação de bailarinos na Escola de Dança do Conservatório Nacional. Completou a sua formação com o Elit Trainning Program da Companhia Budapest Dance Theatre e o F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz. É licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE, terminando como bolseira do Camping 2020 do Centre National de la Danse, Paris.
Tem vindo a trabalhar com artistas como Olga Roriz, Renato Zanella, Jérôme Bel, Raimund Hoghe, Mafalda Deville, Elisabeth Lambeck, Olatz de Andrés, Inês Jacques, Mão Morta, São Castro e António Cabrita, Sílvia Real, Francisco Camacho, Né Barros, Jonas & Lander e Joana Magalhães. A sua primeira criação em nome próprio foi “VADO: solo sobre as coisas vazias” (2018), estreada na XX Bienal Internacional de Arte de Cerveira; seguiu-se o solo “NINA” apresentado no Serralves em Festa 2019 e no Curtas de Dança 2020. Em 2021, criou “Self” para o Festival Interferências, apresentado também no Corpo + Cidade/DDD Out 2022. Desenvolve trabalho relacionado com a comunidade, especialmente crianças e jovens, realizando frequentemente workshops e ateliers com escolas e associações, tendo sido formadora artística do Projeto GruA – Grupo de Autonomia, desenvolvido pela ASAS Associação de Solidariedade de Santo Tirso.
O seu espetáculo “O que é um problema?” (2023) questiona os mais jovens sobre os seus problemas, num espetáculo que concilia dança, música ao vivo e artes plásticas e que já passou por diversas cidades portuguesas como Porto, Lisboa, Loulé e Guimarães. “Vanishing”, a sua nova criação em colaboração com Bruno Senune, teve a sua estreia em abril de 2024.
Dori Nigro é performer e arte/educador com passagem pela Faculdade de Belas Artes, Porto, e Colégio das Artes, Coimbra. Desde 2007 dedica-se à criação artística com cruzamentos disciplinares. Possui doutoramento, mestrado e especialização no campo da arte contemporânea, práticas artísticas e arte/educação; e licenciatura em pedagogia e bacharelado em comunicação social/fotografia. Vive entre Portugal e Brasil, dinamizando atividades com artistas e comunidades locais. Cuida, com Paulo Pinto, da LARóyé - casa/atelier de partilhas afetivas, criativas, ancestrais. Membro da União Negra das Artes.
Inês Barbosa é mestre em Associativismo e Animação Sociocultural e doutorada em Sociologia da Educação (UM). Tem ainda uma pós-graduação em Performance (FBAUP). Investigadora do Instituto de Sociologia (UP) na área de Criação Artística, Práticas e Políticas Culturais. Coordena o podcast “Ainda-Não: Sociologia e Utopia” e o Laboratório de Teatro & Política. A sua tese de doutoramento, que incidiu no estudo das práticas artísticas de contestação, recebeu uma Menção Honrosa do Prémio Jovens Cientistas Sociais (CES). Desenvolve pesquisas etnográficas e visuais relacionadas com os temas da precariedade, mobilizações sociais, direito à cidade ou o papel dos/as artistas na crítica à gentrificação turística. É formadora nas áreas de educação não-formal, cidadania, igualdade de género, animação de grupos e expressão dramática. Tem conjugado a investigação com a prática artística, desenvolvendo projetos ligados ao teatro, performance, música e instalação audiovisual. Participou como artista em festivais como Noc-Noc, NAA-Novas Artes Associadas, Binnar, Desobedoc, Utopia (Rio de Janeiro), Femmes du Monde en Scéne (Paris) ou Non-Festival (Gornji Grad). Tem orientado oficinas multidisciplinares em inúmeros contextos e com diferentes públicos nacionais e internacionais. Colabora regularmente com artistas e companhias, estreitando as ligações entre arte e sociologia, em projetos como: "A audição vibratória" com Gil Delindro, "Não tenho terra nos sapatos", com Magda Almeida e Miguel F ou "Reviralho: Mito, Sonho, Utopia", com a Companhia de Dança- Esquiva. Foi curadora de exposições coletivas na Velha-a-Branca (2013), Okna (2019), Galeria Geraldes da Silva (2021) e Centro Português de Fotografia (2022). Participou ainda nas residências artísticas de Lamego, Festival Ibérico de Quintanilha, Hysteria, Zona Autónoma, Sauna - Galeria do Sol.