Planet Pacific and Island Gardens
Mike Cooper (UK)
Música
Auditório Municipal de Vila do Conde24 Set (Sáb) | 22:30
M/6 | duração aprox. 1h | 5 € | bilhete combinado (permite acesso ao concerto de Diogo Tudela & Supernova Ensemble)
M/6 | duração aprox. 1h | 5 € | bilhete combinado (permite acesso ao concerto de Diogo Tudela & Supernova Ensemble)
Planet Pacific — Pieces of Heaven? é um filme em Super 8 que eu filmei no início dos anos 1990 (para mim, uma época pré-digital), enquanto viajava por alguns dos Estados insulares do Pacífico, nomeadamente, Taiti, Fiji, Havai, Austrália, Nova Zelândia e Sudeste Asiático. O título foi retirado de um livro, Pieces of Heaven, escrito por Nancy Phelan.
Antes da invasão dos turistas, a escritora Nancy Phelan trabalhou no Sul do Pacífico. Como membro da equipa da Comissão do Pacífico Sul, a autora passou vários meses por ano nas seguintes ilhas: Nova Caledónia, Fiji, Niue, Tonga, Samoa, Samoa Americana, Ilhas Cook do Norte e do Sul, Taiti, Banaba, Nauru, e Ilhas Gilbert (Kiribati). Quase quarenta anos depois, regressou, reacendendo o encantamento daquela era anterior e vendo em primeira mão as mudanças trazidas pelos movimentos de Independência na década de 1950, mas na perspetiva da década de 1990. Acrescentei o ponto de interrogação ao título original do livro.
ISLAND GARDENS é um conjunto de vídeos curtos produzidos por mim, de novo em viagem por diferentes locais insulares principalmente nos trópicos. Sri Lanka, Ilha de Lamma, perto de Hong Kong, Pulau Ubin, perto de Singapura, Ilha de Koh Lanta na Tailândia etc., bem como algumas ilhas do Mediterrâneo. Vivi no Mediterrâneo durante mais de 35 anos.
Um canal de áudio que ligasse todos estes espaços é a minha preocupação pela coabitação do mundo humano com o não-humano expressa através do meu uso de gravações do canto, sinais e indícios de aves ou insetos sem qualquer tipo de processamento de som. As alterações climáticas, bem como a destruição, pelo ser humano, do habitat natural de muitas espécies, estão a afetar a relação equilibrada que precisamos de ter com a natureza.
As pequenas comunidades costeiras indígenas, muitas vezes nómadas, estão muito conscientes deste equilíbrio e a incursão do mundo industrial nos seus modos de vida está a ter efeitos desastrosos e a industrialização terá efeitos e repercussões semelhantes sobre o nosso modo de vida, se já não estiverem a acontecer.
Nesta edição, há gravações realizadas em Pulau Ubin, Ko Phayan, Ko Lanta, Sri Lanka, Bangkok, Santa Lúcia e Martinica; todos eles lugares que podem aguardar ou já estão a testemunhar o Futuro Pós-diluviano.
ISLAND GARDENS está disponível em formato de DVD duplo e projecto uma seleção da série como pano de fundo da minha performance.
bandcamp.com/merch/island-gardens-by-mike-cooper
AMBIENTE/ELETRÓNICA/EXÓTICA
Em 1999 iniciei uma série de composições musicais/improvisações que descrevi como Ambiente/Eletrónica/Exótica. Inicialmente inspirado na música Exótica/Easy Listening da década de 1950, de compositores como Martin Denny, Arthur Lyman, Les Baxter e outros, mas a minha intenção era fazer uma versão mais moderna, vanguardista. Eu queria que a minha música, tal como a deles, evocasse lugares exóticos distantes, mas a minha, ao contrário da deles (nenhum deles alguma vez viajou), seria baseada nas minhas viagens reais e não faria praticamente nenhuma referência à música dos lugares que visitava. Seria pura invenção sonhada e também seria política. Até agora, fiz oito edições nesta série, todas disponíveis em vinil e CD.
www.cooparia.com | mikecooper.bandcamp.com
Mike Cooper vive actualmente em Valência, em Espanha, e nos últimos 60 anos tem sido um viajante internacional e explorador musical que tem alargado os limites da sua música e arte. Além de trabalhar como realizador e criador de vídeo, bem como artista visual, faz instalações artísticas, e compõe e executa música ao vivo para filmes mudos clássicos e contemporâneos. Mais recentemente, escreveu e gravou a partitura para o documentário Cane Fire filmado no Havai e dirigido por Anthony Banua-Simon.
Já lançou setenta discos a solo, participou em trinta e sete colaborações primárias e aparece em vinte e seis outros lançamentos. Intérprete de guitarra havaiana, electrónica, também canta, improvisa, e compõe.
Inicialmente um guitarrista de folk-blues na década de 1960, foi tão responsável como qualquer outra pessoa — e mais do que muitos — por dar início ao florescimento do blues acústico no Reino Unido. Ele, sem dúvida, ampliou as possibilidades desse género ainda mais do que os seus contemporâneos mais conhecidos, como Davy Graham, Bert Jansch, John Renbourne etc., prosseguindo para áreas musicais mais vanguardistas desenvolvidas por guitarristas inovadores, como Elliott Sharp, Keith Rowe, Fred Frith e Marc Ribot, com uma mistura eclética dos muitos estilos que desenvolveu ao longo dos anos. Explora livremente vários tipos de música através de improvisação livre, as suas próprias canções originais idiossincráticas, música eletroacústica, exótica, country blues tradicional, folk, canções pop, e sonic gestural, tocando com afinações abertas, amplas técnicas de guitarra e música eletrónica.
Antes da invasão dos turistas, a escritora Nancy Phelan trabalhou no Sul do Pacífico. Como membro da equipa da Comissão do Pacífico Sul, a autora passou vários meses por ano nas seguintes ilhas: Nova Caledónia, Fiji, Niue, Tonga, Samoa, Samoa Americana, Ilhas Cook do Norte e do Sul, Taiti, Banaba, Nauru, e Ilhas Gilbert (Kiribati). Quase quarenta anos depois, regressou, reacendendo o encantamento daquela era anterior e vendo em primeira mão as mudanças trazidas pelos movimentos de Independência na década de 1950, mas na perspetiva da década de 1990. Acrescentei o ponto de interrogação ao título original do livro.
ISLAND GARDENS é um conjunto de vídeos curtos produzidos por mim, de novo em viagem por diferentes locais insulares principalmente nos trópicos. Sri Lanka, Ilha de Lamma, perto de Hong Kong, Pulau Ubin, perto de Singapura, Ilha de Koh Lanta na Tailândia etc., bem como algumas ilhas do Mediterrâneo. Vivi no Mediterrâneo durante mais de 35 anos.
Um canal de áudio que ligasse todos estes espaços é a minha preocupação pela coabitação do mundo humano com o não-humano expressa através do meu uso de gravações do canto, sinais e indícios de aves ou insetos sem qualquer tipo de processamento de som. As alterações climáticas, bem como a destruição, pelo ser humano, do habitat natural de muitas espécies, estão a afetar a relação equilibrada que precisamos de ter com a natureza.
As pequenas comunidades costeiras indígenas, muitas vezes nómadas, estão muito conscientes deste equilíbrio e a incursão do mundo industrial nos seus modos de vida está a ter efeitos desastrosos e a industrialização terá efeitos e repercussões semelhantes sobre o nosso modo de vida, se já não estiverem a acontecer.
Nesta edição, há gravações realizadas em Pulau Ubin, Ko Phayan, Ko Lanta, Sri Lanka, Bangkok, Santa Lúcia e Martinica; todos eles lugares que podem aguardar ou já estão a testemunhar o Futuro Pós-diluviano.
ISLAND GARDENS está disponível em formato de DVD duplo e projecto uma seleção da série como pano de fundo da minha performance.
bandcamp.com/merch/island-gardens-by-mike-cooper
AMBIENTE/ELETRÓNICA/EXÓTICA
Em 1999 iniciei uma série de composições musicais/improvisações que descrevi como Ambiente/Eletrónica/Exótica. Inicialmente inspirado na música Exótica/Easy Listening da década de 1950, de compositores como Martin Denny, Arthur Lyman, Les Baxter e outros, mas a minha intenção era fazer uma versão mais moderna, vanguardista. Eu queria que a minha música, tal como a deles, evocasse lugares exóticos distantes, mas a minha, ao contrário da deles (nenhum deles alguma vez viajou), seria baseada nas minhas viagens reais e não faria praticamente nenhuma referência à música dos lugares que visitava. Seria pura invenção sonhada e também seria política. Até agora, fiz oito edições nesta série, todas disponíveis em vinil e CD.
O ponto central da minha música é a improvisação e a composição instantânea. O principal instrumento que uso é uma guitarra "lap steel" ou havaiana, um instrumento geralmente associado à música country havaiana ou americana. A minha intenção tem sido libertá-la daquele cliché e daqueles géneros musicais. A guitarra havaiana é usada para tocar música em muitos lugares e muitos estilos em todo o mundo, como Vietname, comunidade coreana da Indonésia, Índia, Myanmar, etc.; todas essas músicas influenciaram a minha própria forma de tocar, bem como outros estilos, incluindo improvisação livre europeia, free jazz, blues, pop contemporâneo e música exótica.
Amplio as possibilidades da minha guitarra havaiana incorporando efeitos digitais para transformar o seu som, e também usando um iPad Mini, um tablet Samsung e um iPhone com uma variedade de aplicações para construir a minha improvisação e composições instantâneas ao vivo.
— Mike Cooper
www.cooparia.com | mikecooper.bandcamp.com
Mike Cooper vive actualmente em Valência, em Espanha, e nos últimos 60 anos tem sido um viajante internacional e explorador musical que tem alargado os limites da sua música e arte. Além de trabalhar como realizador e criador de vídeo, bem como artista visual, faz instalações artísticas, e compõe e executa música ao vivo para filmes mudos clássicos e contemporâneos. Mais recentemente, escreveu e gravou a partitura para o documentário Cane Fire filmado no Havai e dirigido por Anthony Banua-Simon.
Já lançou setenta discos a solo, participou em trinta e sete colaborações primárias e aparece em vinte e seis outros lançamentos. Intérprete de guitarra havaiana, electrónica, também canta, improvisa, e compõe.
Inicialmente um guitarrista de folk-blues na década de 1960, foi tão responsável como qualquer outra pessoa — e mais do que muitos — por dar início ao florescimento do blues acústico no Reino Unido. Ele, sem dúvida, ampliou as possibilidades desse género ainda mais do que os seus contemporâneos mais conhecidos, como Davy Graham, Bert Jansch, John Renbourne etc., prosseguindo para áreas musicais mais vanguardistas desenvolvidas por guitarristas inovadores, como Elliott Sharp, Keith Rowe, Fred Frith e Marc Ribot, com uma mistura eclética dos muitos estilos que desenvolveu ao longo dos anos. Explora livremente vários tipos de música através de improvisação livre, as suas próprias canções originais idiossincráticas, música eletroacústica, exótica, country blues tradicional, folk, canções pop, e sonic gestural, tocando com afinações abertas, amplas técnicas de guitarra e música eletrónica.