Projecto Extramuros na Escola Básica 2, 3 Frei João de Vila do Conde | Abril a Junho 2024
Outros Projectos
A política (não) é para todos/as? por Inês Barbosa
Há 50 anos, mulheres, homens e crianças juntaram-se nas ruas para celebrar a reconquista da liberdade e democracia em Portugal. Fez-se política nas escolas, fábricas e associações, em pancartas cheias de cor e em palavras de ordem cantadas em uníssono. E hoje, o que resta desta efervescência? Que direitos estão garantidos e o que está ainda por fazer? A partir de abordagens artísticas e da educação não-formal, faremos um balanço crítico, lembrando que a política não está destinada só a homens de gravata. É antes uma prática quotidiana, capaz de ser exercida por qualquer pessoa, independentemente da idade.
Fotografia © Luiz Carvalho
O que é um problema e como descobrimos que ele existe? por Beatriz Valentim
Começamos no vazio, onde existe um problema por resolver, e partimos à descoberta num caminho que se adivinha complexo e desafiante. Encontram-se problemas no próprio corpo e nas suas limitações: Como lidar com esses limites, contornando e encontrando alternativas? Que caminho percorremos para resolver o problema na arquitetura do nosso corpo como metáfora para a questão do problema geral?
Celebrando os 50 anos do 25 de abril, celebramos também a liberdade do corpo e do papel que tem na transformação do pensamento, das relações interpessoais e da socialização.
Como professora, bailarina e criadora, estou muito ligada à educação e aprendizagem da dança e à construção do movimento. Dessa forma, proponho esta oficina de movimento para questionar os jovens sobre o que é um problema, o que é uma solução e que soluções existem num mundo tão complexo e exigente. Abre-se o diálogo para o pensamento crítico e a liberdade de expressão, uma expressão que não é só verbal, mas também corporal e emocional: esta é a liberdade conquistada há 50 anos e que não podemos perder!
Fotografia © Beatriz Valentim
Des-construir a liberdade por Rebecca Moradalizadeh e Yasmine Moradalizadeh
Explicar o que é a liberdade, torna-se cada vez mais difícil.
É ao mesmo tempo singular e plural, composta por pequenas liberdades: a liberdade de andar, de sorrir, de correr. É também a liberdade de falar, de pensar. De não sentir medo por quem somos, ou pelo que queremos ser. É a liberdade de decidir e de fazer.
Esta sessão é um momento de criação, que parte do exercício da desconstrução do significado da Liberdade e da forma como ela se altera em vários pontos de vista. É a criação de um lugar seguro de partilha, físico e metafórico, onde se pensa sobre as “liberdades” que possuímos e sobre as que pretendemos alcançar.
Fotografia © Rebecca e Yasmine Moradalizadeh
Inês Barbosa
É mestre em Associativismo e Animação Sociocultural e doutorada em Sociologia da Educação (UM). Tem ainda uma pós-graduação em Performance (FBAUP). Investigadora do Instituto de Sociologia (UP) na área de Criação Artística, Práticas e Políticas Culturais. Coordena o podcast “Ainda-Não: Sociologia e Utopia” e o Laboratório de Teatro & Política. A sua tese de doutoramento incidiu no estudo das práticas artísticas de contestação, tendo recebido uma Menção Honrosa do Prémio Jovens Cientistas Sociais (CES). Desenvolve pesquisas etnográficas e visuais relacionadas com os temas da precariedade, mobilizações sociais, direito à cidade ou o papel dos/as artistas na crítica à gentrificação turística. É formadora nas áreas de educação não-formal, cidadania, igualdade de género, animação de grupos e expressão dramática. Tem conjugado a investigação com a prática artística, desenvolvendo projetos ligados ao teatro, performance, música e instalação audiovisual. Participou como artista em festivais como Noc-Noc, NAA-Novas Artes Associadas, Binnar, Desobedoc, Utopia (Rio de Janeiro), Femmes du Monde en Scéne (Paris) ou Non-Festival (Gornji Grad). Tem orientado oficinas em inúmeros contextos, com destaque para a Academia Contemporânea do Espetáculo - Pólo de Famalicão ou para o Instituto Paulo Freire de Portugal. Colabora com a companhia de Dança - Esquiva na produção de conteúdos pedagógicos e artísticos. Foi curadora de exposições coletivas na Velha-a-Branca (2013), Okna (2019), Galeria Geraldes da Silva (2021) e Centro Português de Fotografia (2022). Participou ainda nas residências artísticas de Lamego, Festival Ibérico de Quintanilha, Hysteria, Zona Autónoma, Sauna - Galeria do Sol.
Rebecca Moradalizadeh
(Londres, 1989), artista plástica, performer e arte-educadora portuguesa-iraniana. Vive e trabalha no Porto. É mestra em Estudos Museológicos e Curatoriais e licenciada em Artes Plásticas - Multimédia pela FBAUP e frequentou o programa Erasmus na Sheffield Hallam University. O seu trabalho explora a performance art, vídeo, fotografia, instalação, desenho e gastronomia, incidindo-se sobre questões do corpo, identidade, território, memória, arquivo e vestígios da qual se destaca LandMarks Series, um projeto autobiográfico associado à obtenção da sua cidadania iraniana iniciado em 2015. Tem vindo a apresentar regularmente o seu trabalho em festivais, residências e artist talks em espaços institucionais e independentes, destacando-se a sua primeira exposição individual "Behind the Veil" com curadoria de Melissa Rodrigues e apresentada entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 na Rampa, Porto. Em 2020, recebe a bolsa Reclamar Tempo do Teatro Municipal do Porto e em 2022 é selecionada para integrar a Coleção Municipal de Arte do Porto, com propostas do projeto LandMarks Series.
Yasmine Leal Moradalizadeh
Artista portuguesa-iraniana, 1999, Porto, Portugal. Licenciada em Artes Plásticas - Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2017-2021). Atualmente a sua prática individual explora questões de identidade, arquivo, memória e urbanismo, através de meios como a fotografia, vídeo, áudio e performance. É vencedora do Prémio de Aquisição FBAUP 2020-2021 com o seu projeto "1947". Em 2019, juntamente com Beatriz Sarmento, funda o Colectivo SEM-FIM. Em 2020, criam o projeto "Conversas Sobre Performance" contando com quatro edições, com participações de Piny, Cristina Planas Leitão, Melissa Rodrigues e Ana Rita Xavier. Em 2021, integram a exposição "SITUAÇÃO 21" com curadoria de Miguel Von Hafe Perez na Galeria Presença, com a obra "encontro-me a encontrar-te", pertencente à Coleção Norlinda e José Lima.
Beatriz Valentim
É bailarina, criadora e professora de dança. Estudou dança na Escola de Dança do Conservatório Nacional, Lisboa, e completou a sua formação com o Elite Trainning Program da companhia Budapest Dance Theatre e o F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz. É licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL, Lisboa, e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE, Porto, terminando como bolseira para o Camping 2020 do Centre National de la Danse, Paris.
Tem vindo a trabalhar com vários coreógrafos e artistas como Olga Roriz, Renato Zanella, Jérôme Bel, Raimund Hoghe, Mafalda Deville, Sara Garcia, Elisabeth Lambeck, Inês Jacques e Mão Morta, São Castro e António Cabrita, Teatro do Montemuro, Sílvia Real e Francisco Camacho, Ensemble Sociedade de Actores, Né Barros, Jonas&Lander, Joana Magalhães e Comédias do Minho. Da sua autoria, destaca três trabalhos: "VADO: solo sobre as coisas vazias”, com o músico Pedro Souza, “NINA", iniciado em contexto académico e apresentado no Serralves em Festa 2019 e no Curtas de Dança 2020, e “Self”, apresentado no Festival Interferências, Lisboa, e no Corpo + Cidade / DDD out, Matosinhos.
beatrizvalentim.pt
Há 50 anos, mulheres, homens e crianças juntaram-se nas ruas para celebrar a reconquista da liberdade e democracia em Portugal. Fez-se política nas escolas, fábricas e associações, em pancartas cheias de cor e em palavras de ordem cantadas em uníssono. E hoje, o que resta desta efervescência? Que direitos estão garantidos e o que está ainda por fazer? A partir de abordagens artísticas e da educação não-formal, faremos um balanço crítico, lembrando que a política não está destinada só a homens de gravata. É antes uma prática quotidiana, capaz de ser exercida por qualquer pessoa, independentemente da idade.
Fotografia © Luiz Carvalho
O que é um problema e como descobrimos que ele existe? por Beatriz Valentim
Começamos no vazio, onde existe um problema por resolver, e partimos à descoberta num caminho que se adivinha complexo e desafiante. Encontram-se problemas no próprio corpo e nas suas limitações: Como lidar com esses limites, contornando e encontrando alternativas? Que caminho percorremos para resolver o problema na arquitetura do nosso corpo como metáfora para a questão do problema geral?
Celebrando os 50 anos do 25 de abril, celebramos também a liberdade do corpo e do papel que tem na transformação do pensamento, das relações interpessoais e da socialização.
Como professora, bailarina e criadora, estou muito ligada à educação e aprendizagem da dança e à construção do movimento. Dessa forma, proponho esta oficina de movimento para questionar os jovens sobre o que é um problema, o que é uma solução e que soluções existem num mundo tão complexo e exigente. Abre-se o diálogo para o pensamento crítico e a liberdade de expressão, uma expressão que não é só verbal, mas também corporal e emocional: esta é a liberdade conquistada há 50 anos e que não podemos perder!
Fotografia © Beatriz Valentim
Des-construir a liberdade por Rebecca Moradalizadeh e Yasmine Moradalizadeh
Explicar o que é a liberdade, torna-se cada vez mais difícil.
É ao mesmo tempo singular e plural, composta por pequenas liberdades: a liberdade de andar, de sorrir, de correr. É também a liberdade de falar, de pensar. De não sentir medo por quem somos, ou pelo que queremos ser. É a liberdade de decidir e de fazer.
Esta sessão é um momento de criação, que parte do exercício da desconstrução do significado da Liberdade e da forma como ela se altera em vários pontos de vista. É a criação de um lugar seguro de partilha, físico e metafórico, onde se pensa sobre as “liberdades” que possuímos e sobre as que pretendemos alcançar.
Fotografia © Rebecca e Yasmine Moradalizadeh
Inês Barbosa
É mestre em Associativismo e Animação Sociocultural e doutorada em Sociologia da Educação (UM). Tem ainda uma pós-graduação em Performance (FBAUP). Investigadora do Instituto de Sociologia (UP) na área de Criação Artística, Práticas e Políticas Culturais. Coordena o podcast “Ainda-Não: Sociologia e Utopia” e o Laboratório de Teatro & Política. A sua tese de doutoramento incidiu no estudo das práticas artísticas de contestação, tendo recebido uma Menção Honrosa do Prémio Jovens Cientistas Sociais (CES). Desenvolve pesquisas etnográficas e visuais relacionadas com os temas da precariedade, mobilizações sociais, direito à cidade ou o papel dos/as artistas na crítica à gentrificação turística. É formadora nas áreas de educação não-formal, cidadania, igualdade de género, animação de grupos e expressão dramática. Tem conjugado a investigação com a prática artística, desenvolvendo projetos ligados ao teatro, performance, música e instalação audiovisual. Participou como artista em festivais como Noc-Noc, NAA-Novas Artes Associadas, Binnar, Desobedoc, Utopia (Rio de Janeiro), Femmes du Monde en Scéne (Paris) ou Non-Festival (Gornji Grad). Tem orientado oficinas em inúmeros contextos, com destaque para a Academia Contemporânea do Espetáculo - Pólo de Famalicão ou para o Instituto Paulo Freire de Portugal. Colabora com a companhia de Dança - Esquiva na produção de conteúdos pedagógicos e artísticos. Foi curadora de exposições coletivas na Velha-a-Branca (2013), Okna (2019), Galeria Geraldes da Silva (2021) e Centro Português de Fotografia (2022). Participou ainda nas residências artísticas de Lamego, Festival Ibérico de Quintanilha, Hysteria, Zona Autónoma, Sauna - Galeria do Sol.
Rebecca Moradalizadeh
(Londres, 1989), artista plástica, performer e arte-educadora portuguesa-iraniana. Vive e trabalha no Porto. É mestra em Estudos Museológicos e Curatoriais e licenciada em Artes Plásticas - Multimédia pela FBAUP e frequentou o programa Erasmus na Sheffield Hallam University. O seu trabalho explora a performance art, vídeo, fotografia, instalação, desenho e gastronomia, incidindo-se sobre questões do corpo, identidade, território, memória, arquivo e vestígios da qual se destaca LandMarks Series, um projeto autobiográfico associado à obtenção da sua cidadania iraniana iniciado em 2015. Tem vindo a apresentar regularmente o seu trabalho em festivais, residências e artist talks em espaços institucionais e independentes, destacando-se a sua primeira exposição individual "Behind the Veil" com curadoria de Melissa Rodrigues e apresentada entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 na Rampa, Porto. Em 2020, recebe a bolsa Reclamar Tempo do Teatro Municipal do Porto e em 2022 é selecionada para integrar a Coleção Municipal de Arte do Porto, com propostas do projeto LandMarks Series.
Yasmine Leal Moradalizadeh
Artista portuguesa-iraniana, 1999, Porto, Portugal. Licenciada em Artes Plásticas - Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2017-2021). Atualmente a sua prática individual explora questões de identidade, arquivo, memória e urbanismo, através de meios como a fotografia, vídeo, áudio e performance. É vencedora do Prémio de Aquisição FBAUP 2020-2021 com o seu projeto "1947". Em 2019, juntamente com Beatriz Sarmento, funda o Colectivo SEM-FIM. Em 2020, criam o projeto "Conversas Sobre Performance" contando com quatro edições, com participações de Piny, Cristina Planas Leitão, Melissa Rodrigues e Ana Rita Xavier. Em 2021, integram a exposição "SITUAÇÃO 21" com curadoria de Miguel Von Hafe Perez na Galeria Presença, com a obra "encontro-me a encontrar-te", pertencente à Coleção Norlinda e José Lima.
Beatriz Valentim
É bailarina, criadora e professora de dança. Estudou dança na Escola de Dança do Conservatório Nacional, Lisboa, e completou a sua formação com o Elite Trainning Program da companhia Budapest Dance Theatre e o F.O.R. Dance Theatre da Companhia Olga Roriz. É licenciada em sociologia pelo ISCTE-IUL, Lisboa, e concluiu a Pós-Graduação em Dança Contemporânea da ESMAE, Porto, terminando como bolseira para o Camping 2020 do Centre National de la Danse, Paris.
Tem vindo a trabalhar com vários coreógrafos e artistas como Olga Roriz, Renato Zanella, Jérôme Bel, Raimund Hoghe, Mafalda Deville, Sara Garcia, Elisabeth Lambeck, Inês Jacques e Mão Morta, São Castro e António Cabrita, Teatro do Montemuro, Sílvia Real e Francisco Camacho, Ensemble Sociedade de Actores, Né Barros, Jonas&Lander, Joana Magalhães e Comédias do Minho. Da sua autoria, destaca três trabalhos: "VADO: solo sobre as coisas vazias”, com o músico Pedro Souza, “NINA", iniciado em contexto académico e apresentado no Serralves em Festa 2019 e no Curtas de Dança 2020, e “Self”, apresentado no Festival Interferências, Lisboa, e no Corpo + Cidade / DDD out, Matosinhos.
beatrizvalentim.pt