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  • Ana Pi © DR

  • DJ Firmeza © Marta Pina

  • Ana Pi // libre interprétation de Jogar Capoëra
    ou Danse de la Guerra (1835) J. M. Rugendas © DR

  • still video da performance 'Raw On' de Ana Pi e DJ Firmeza
    video © Margaux Vendassi

  • still video da performance 'Raw On' de Ana Pi e DJ Firmeza
    video © Margaux Vendassi

  • still video da performance 'Raw On' de Ana Pi e DJ Firmeza
    video © Margaux Vendassi

Raw on = ancient technology of resistance

Ana Pi (BR/FR) e DJ Firmeza (PT)

Performance

Teatro Municipal de Vila do Conde — Salão Nobre

22 Set. (Sex.) | 22:30
Estreia Nacional
M/6 | duração aprox. 50 min. | 5 € | bilhete combinado (permite acesso ao espectáculo de Christian Rizzo)

 
Eu costumo dizer que dançar adia a guerra. Todas as danças afro-diaspóricas são para mim um dos elementos mais raros que ainda protegem o ngunzu do planeta Terra, ou seja: a vitalidade. Entre essas danças que estudo com atenção, alguns movimentos são essenciais, incluindo o andar e sua noção de equilíbrio dinâmico. Na Capoeira Angola, esse caminhar é chamado de ginga, em homenagem a uma rainha guerreira que durante sua vida pôde suspender a atrocidade do projeto colonial. Convido o produtor luso-angolano DJ Firmeza, com a intensidade da sua música pós-kuduro, o seu flow singular e o seu mixing percussivo a juntar-se a mim para uma sessão de treino, enraizamento. Os pratos darão o ritmo, uma reinterpretação das danças tradicionais sagradas e populares, onde se trata sempre de diálogo entre os passos de base e o toque do tambor. Celebraremos o poder dos pontos comuns, das matérias brutas, dos gestos ancestrais que não sofrem de obsolescência programada.
– Ana Pi



Direcção, coreografia e performance: Ana Pi | Composição musical e performance: DJ Firmeza 
Estreia: 23 de Junho de 2022 no âmbito da carte blanche a Ana Pi pela Fondation Pernod Ricard


Ana Pi é uma Artista coreográfica e imagética, investigadora de danças afro-diaspóricas e urbanas, bailarina extemporânea e pedagoga, as suas práticas tecem-se através do ato da viagem. A sua obra situa-se entre as noções de trânsito, deslocamento, pertencimento, superposição, memória, cores e gestos ordinários. Em 2020, Ana Pi criou a estrutura NA MATA LAB. The Divine Cypher, RAW ON, Fumaça, Meditation on Beauty, èscultura, O BΔNQUETE, COROA, NoirBLUE, DRW2 eLe Tour du Monde des Danses Urbaines en 10 villes, são trabalhos que articulam coreografia, discurso e instalação. Nas suas produções audiovisuais destacam-se NoirBLUE — os deslocamentos de uma dança (2018 – 27’), o seu primeiro documentário e premiado internacionalmente, e os ensaios visuais Another Anagram of Ideas (2022-10’07) e VÓS (2011 – 5’30). CORPO FIRME; danças periféricas, gestos sagrados é o nome da prática que tem desenvolvido e partilhado desde 2010. As suas coreografias, filmes e investigações foram apresentadas em espaços como MoMA, Cisneros Institute, Centre Pompidou, Fondation Cartier, Fondation Pernod Ricard, Museo Reina Sofia, Cinema Internacional Festival Rotterdam, FestCURTAS, Kurzfilmtage Oberhausen 65., Mostra VERBO, Videobrasil, IMS, Fórum Doc, Afrocyberféminismes, Museu INHOTIM, BAD festival, Festival Antigel, Festival Impulstanz, Festival Latitudes Contemporaines, Artdanthé, O futuro é festival feminista, MUCEM, Parallèl festival, Lafayette Anticipations, MAC VAL, La Briqueterie CDCN, Alkantara Festival, MASP, Panorama da Arte Brasileira, Assembleia Mutantes, Festival Circular, Trienal de Frestas das Artes, Lá da Favelinha, Festival d’Automne Paris, entre outros. Através do seu trabalho, em nome próprio e colaborações, Ana Pi tem passado pelos seguintes países: Níger, Burkina Faso, Mali, Costa do Marfim, Nigéria, Guiné Equatorial, Etiópia, Angola, Mauritânia, Marrocos, Tunísia, Japão, Peru, Argentina, Chile, Equador, Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Portugal, Bélgica, Holanda, Áustria, Alemanha, Polônia, Israel, Roménia, Turquia, República Checa, Jamaica, Noruega, Haiti, Senegal, Ilha da Reunião*, Martinica*, além da França e do Brasil. 
 
DJ Firmeza é um mago a tocar a sua música ao vivo no domínio de enredos percussivos de uma outra dimensão, pronto a conduzir uma pista de dança rumo ao transe que sem esforço o seu âmago espiritual convoca. Nascido em Portugal de ascendência Angolana e carismático residente no bairro da Quinta do Mocho, Fifaz destacou-se como uma presença regular no circuito apelidado da ‘Noite Africana’ na Grande Lisboa e nas festas mensais ‘Noite Príncipe’ no Musicbox na década passada. Co-fundador da crew Piquenos DJs do Guetto, editou o EP em vinil “B.N.M. / P.D.D.G.” na Príncipe no final de 2013, que recebeu atenção e elogios da crítica musical nacional e internacional. Em 2015 saiu o seu muito aguardado EP “Alma do meu pai” em nome próprio na Príncipe, um autêntico caso de clássico instantâneo, tal a vida e a realidade revelada em ritmos & sons. Há dois anos chegou finalmente o sucessor “Ardeu”, novo avanço entusiasmante, incluindo impetuosas animações vocais num par de temas, na sua expressão afro technómica crua e minimal. Desde 2014 tem tocado regularmente na Europa, com actuações épicas de Verão no terraço do Schinkel Pavillon em Berlim, num pavilhão gedodésico num bosque na Suíça ou numa festa no Pavilhão da Alemanha na Bienal de Arquitectura de Veneza, para além de festivais como o Lowlands na Holanda ou RBMA Festival em Los Angeles, e digressões nos Estados Unidos, Canadá, México, China e Coreia do Sul. No final de 2017 estreou online o filme “Pai Nosso”, uma curta ficção – ensaio a partir da sua vida quotidiana realizada pelo nova-iorquino Clayton Vomero, e mais recentemente contribuiu com música para a campanha The World Isn’t Everything para a colecção SS2020 da marca Telfar.