Leida
Música
Igreja Matriz de Vila do Conde27 Set. (Sáb.) | 21:00
Acesso gratuito | M/12 | Duração aprox.: 70 min.
Acesso gratuito | M/12 | Duração aprox.: 70 min.
LEIDA é um instrumento a 8 vozes.
Composição e Direcção: Mariana Dionísio | Intérpretes: Mariana Dionísio, Beatriz Gomes, Beatriz Nunes, Filipa Franco, Nazaré da Silva, João Neves, Hugo Henriques e Henrique Coelho
Beatriz Nunes (1988) é uma vocalista, compositora e investigadora portuguesa.
Filipa Franco (1996), cantora e compositora, começou com aulas de piano clássico aos 12 anos, com Adeline Esteves da Silva. Aos 15 anos, iniciou o seu percurso no jazz, na escola de jazz Luís Villas-Boas. Em 2018 ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa. Termina a licenciatura em 2021, com nota de 20 valores no recital final de instrumento. No ano 2021, inicia os seus estudos no Mestrado em Música, também pela Escola Superior de Música de Lisboa. Durante o percurso escolar teve a enorme oportunidade de assistir a masterclasses dadas por músicos como David Binney, Joshua Redman, Joe Lovano, Guinga e Sara Serpa. Tem vindo a colaborar com artistas de cariz nacional e internacional ao longo do seu percurso, e, mais recentemente, assumiu-se como líder no seu projeto intitulado Filipa Franco Quinteto com repertório original, cujo disco “Imagem” saiu este presente ano de 2024. Participou, também, no mais recente disco do guitarrista português Sérgio Pelágio, “Riff Out” (2022), e “Nova Construção” de Gonçalo Sousa (2019). Actuou em inúmeros palcos dos quais se destacam o Hot Clube de Portugal Teatro São Luiz, Teatro Camões, Coliseu dos Recreios, entre muitos outros.
João Neves (1987) estudou na escola de Jazz Luíz Villas-Boas (Hot Clube de Portugal) até ingressar na licenciatura em Jazz da ESML. Paralelamente aos estudos, começa a colaborar com alguns dos nomes mais proeminentes do panorama jazzístico nacional, gravando e tocando com Desidério Lázaro (Subtractive Colors, 2015), Afonso Pais & Rita Maria (Além das Horas, 2016), Luís Figueiredo (Kronos, 2017). Em 2016 é convidado a leccionar na escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Mais recentemente grava ainda com nomes internacionais como Luise Volkmann (Dreams to Come, 2021) e Calum Builder (Messe [You Are Where You Need To Be], 2021). Sempre aberto a outras formas musicais, alguns dos projectos que tem integrado fundem música de raiz portuguesa com outras abordagens, desde a improvisação à música contemporânea (Singularlugar, Guarda-Rios, Cantigas de Maio, da ROCHA :: HENCLEEDAY), ou pop electrónica (Mocho Gris), entre outros estilos. Partilhou o palco com Sérgio Godinho, Amélia Muge, Lena d’Água, Adolfo Luxúria Canibal, entre outros. Passa também por três produções cinematográficas dirigidas por João Botelho (Peregrinação, 2017; Um Filme em Forma de Assim, 2022) e Tiago Guedes (A Herdade, 2019). Em 2020 termina o mestrado em Music Performance no Rhythmic Music Conservatory, em Copenhaga, tendo formação com duas das suas maiores referências: Meredith Monk e Theo Bleckmann. Desde então tem vindo a auto-afirmar-se, assumindo pela primeira vez todas as fases criativas do seu projecto a solo (jo~ao), desde a composição à produção musical, abraçando a diversidade das suas influências musicais. Em 2022 edita o seu EP de estreia Myself as Well, uma viagem introspectiva sobre identidade, num pop electrónico alternativo.
Hugo Henriques (1995) iniciou os seus estudos músicais no saxofone, aos 10 anos, com a professora Rita Nunes e o tutor Eurico Carrapatoso no Conservatório Nacional, onde mais tarde completou o ensino secundário já em Canto sob a alçada de Filomena Amaro. Passou também pelo Hot Clube de Portugal na Big Band Junior dirigida pelo Maestro e Trombonista Klaus Nymark e depois pela escola Superior de Música de Lisboa onde prossegiu os estudos musicais. Marcou em presença em inúmeras masterclasses com músicos como Ed Partyka, Nick Smart, Paulo Gaspar, entre outros. Terminou os estudos em 2020, na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou Tecnologias da Música e Jazz. Como técnico de som, tem gravado Música de Câmara, Música Contemporânea e Jazz, com as mais diversas formações, nomeadamente o disco do Trio Adamastor, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2018, na categoria Música de Câmara, Nível Superior, em parceria com Mário Marques, da Universidade de Évora. Em 2019 participou no Festival Soa, como técnico de som, colaborando na montagem e criação de várias instalações sonoras dos artistas convidados pelo festival.
Neste contexto, uma peça é a afirmação de um sub-instrumento: um conjunto de premissas que afecta e delimita os recursos, sem sugerir um percurso formal.
Esse é feito através da vontade de um gesto que vai chamando objectos num instrumento parametrizado, plástico e emancipado.
Por outras palavras, LEIDA é um sintetizador que ainda estou a aprender a usar.
— Mariana Dionísio
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LEIDA é um ensemble vocal constituído por 8 cantores, criado por Mariana Dionísio como compositora e maestrina do grupo. Enquanto cantora, propõe-se pensar alguns dos paradigmas que se formaram pilares idiomáticos desta formação. Foi questionado o papel do intérprete num grupo coral, repensado o estilo do repertório, as técnicas de composição aplicadas e a nomenclatura tradicional. É abraçada a improvisação como recurso fundamental e considerado o espaço acústico de apresentação ainda na concepção do repertório.
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LEIDA foi concebida para funcionar como um instrumento.
Um instrumento musical é o conjunto limitado de opções sonoras que o torna reconhecível.
Quanto mais opções, mais difícil de o identificar.
Neste sentido, construir um instrumento musical é saber limitar recursos de forma a torná-los reconhecíveis e manipuláveis.
A voz é o instrumento mais versátil que conheço. Consequentemente, enquanto conjunto de várias vozes, LEIDA potencia uma palete de opções sonoras demasiado ampla. Foi necessário limitá-las em diferentes parâmetros. Cada peça, é por isso, a afirmação de um sub-instrumento: um conjunto de premissas que afecta e lhe delimita os recursos, sem lhe sugerir um percurso formal. É nesses subinstrumentos que improviso ou toco as peças que escrevi.
Como instrumento de várias cabeças, LEIDA é uma espécie de Hidra que me desobedece constantemente e com o qual tenho de
colaborar.
Daí parametrizado, plástico e emancipado.
— Mariana Dionísio
— Mariana Dionísio
Composição e Direcção: Mariana Dionísio | Intérpretes: Mariana Dionísio, Beatriz Gomes, Beatriz Nunes, Filipa Franco, Nazaré da Silva, João Neves, Hugo Henriques e Henrique Coelho
Mariana Dionísio (1993) é uma cantora, improvisadora e compositora que tem questionado o papel da voz na tradição musical e explorado o seu potencial técnico, tímbrico e poético enquanto expressão sonora da palavra. De formação clássica em piano pelo Conservatório Nacional de Lisboa, e uma licenciatura voz Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, Mariana insere-se sobretudo no panorama jazzístico, experimental e contemporâneo. Tem tido colaborações com vários artistas de diferentes universos como Mané Fernandes, João Pereira, Pedro Branco, Ricardo Toscano, João Carlos Pinto, Pedro Melo Alves, João Grilo, Eve Risser, Mark Dresser, Jaap Blonk, Jacqueline Kerrod, Carincur, Anabela Duarte, Norberto Lobo, Bruno Pernadas, Ricardo Jacinto ou Filipe Trovão. Recentemente, tem recebido encomendas para composição (Orquestra Jazz Matosinhos; Ensemble Theia; Orquestra Jazz de Setúbal; Culturgest/Generation/Canal180 Jogo Cruzado#5 em conjunto com Leonor Arnaut).Entre vários projectos que leva a cabo actualmente, mantém activamente uma série de outras colaborações em duo como LUMP com o trompetista João Almeida, TRACAPANGÃ com o baterista João Pereira, Projecto REQUIEM com o guitarrista João Carreiro, o duo de vozes ARNAUT/DIONÍSIO com Leonor Arnaut ou duo com a flautista Clara Saleiro. Dirige o ensemble vocal LEIDA para o qual compõe e desenvolve o seu trabalho voz-solo.
Em Dezembro de 2023 recebeu o prémio “Artista Revelação” ANTENA2/FESTADOJAZZ.
Beatriz Gomes (2004) é uma vocalista e performer com formação de base em canto e prática interdisciplinar entre música e teatro, iniciou estudos aos 8 anos no Instituto Gregoriano de Lisboa (flauta de bisel) e concluiu o percurso de canto (1.º ao 8.º grau) na Academia de Amadores de Música, sob orientação de Maria João Sousa. Em 2021 apresentou a prova de aptidão artística “Música de intervenção na actualidade”, estreando um primeiro espetáculo de carácter performativo que articula voz, encenação e narrativa social, e estreou a peça “O meu olhar azul como o céu” de Tiago Derriça.
Desde 2022 frequenta a Licenciatura em Canto – variante de Execução – na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), expandindo o trabalho vocal para domínios de criação e performance; no 1.º ano escreveu a peça “3 do avesso”, centrada em dramaturgias de ensemble, e no 2.º ano abriu o espectro estilístico ao jazz, frequentando todas as unidades curriculares do curso (excepto Canto) para aprofundar linguagem harmónica, treino rítmico e práticas de improvisação aplicadas à voz.
Integra o Coro Ecce, com participação em projetos como “Sefarad” (concebido por Filipe Raposo, a pedido de Paulo Lourenço e Ana Proença), a gravação de “Paintingworld” de Carlos Caires e a estreia de “Ode Marítima” de Nuno Côrte-Real, consolidando experiência em repertório coral contemporâneo, processos de gravação e estreias de obra nova.
Beatriz Nunes (1988) é uma vocalista, compositora e investigadora portuguesa.
Iniciou a sua carreira como vocalista do grupo Madredeus com quem gravou os discos “Essência”(2011) e “Capricho Sentimental”(2015). Em 2018, lançou o seu primeiro disco a solo “Canto Primeiro”, gravado com o apoio da Fundação GDA. Apresentou-se na European Jazz Conference 2018, tendo sido eleita como Melhor Jazz em setembro de 2018 no Europe Jazz Media Chart. Em 2021, lançou em trio com André Rosinha e Paula Sousa o disco “À Espera doFuturo”. Colaborou em diversos projectos como The Rite of Trio, In Igma de Pedro Melo Alves, o quarteto do saxofonista americano Chad LB. Licenciada em Música variante jazz e Mestre em Ensino de Música pela Escola Superior de Música de Lisboa, é desde 2021 doutoranda em Etnomusicologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente é professora de voz na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas do Hot Clube de Portugal e desenvolve investigação sobre questões de género no ensino do jazz no contexto português.
Filipa Franco (1996), cantora e compositora, começou com aulas de piano clássico aos 12 anos, com Adeline Esteves da Silva. Aos 15 anos, iniciou o seu percurso no jazz, na escola de jazz Luís Villas-Boas. Em 2018 ingressa na Escola Superior de Música de Lisboa. Termina a licenciatura em 2021, com nota de 20 valores no recital final de instrumento. No ano 2021, inicia os seus estudos no Mestrado em Música, também pela Escola Superior de Música de Lisboa. Durante o percurso escolar teve a enorme oportunidade de assistir a masterclasses dadas por músicos como David Binney, Joshua Redman, Joe Lovano, Guinga e Sara Serpa. Tem vindo a colaborar com artistas de cariz nacional e internacional ao longo do seu percurso, e, mais recentemente, assumiu-se como líder no seu projeto intitulado Filipa Franco Quinteto com repertório original, cujo disco “Imagem” saiu este presente ano de 2024. Participou, também, no mais recente disco do guitarrista português Sérgio Pelágio, “Riff Out” (2022), e “Nova Construção” de Gonçalo Sousa (2019). Actuou em inúmeros palcos dos quais se destacam o Hot Clube de Portugal Teatro São Luiz, Teatro Camões, Coliseu dos Recreios, entre muitos outros.
Nazaré da Silva (1997) ingressou, em 2014, no curso regular da Escola de Jazz Luiz Villas Boas/Hot Clube de Portugal, onde estudou jazz vocal até 2017, ano em que ingressou na licenciatura em jazz da Escola Superior de Música de Lisboa. Gravou o disco “Crime” com João Paulo Esteves da Silva e Samuel Dias, “Vago Pressentimento Azul por Cima”, disco de canções de João Paulo Esteves da Silva para poemas de Ana Paula Inácio, "O que Já Importa", disco do guitarrista Afonso Pais, “Lumina”, disco de Pedro Melo Alves Omniae Large Ensemble, “Roda da Estações”, de Maria Ceia, coma arranjos de Luís Cunha, o EP “Biloba”, da banda Biloba, liderada por Francisco Nogueira, e “Gingko”, o primeiro disco de “Nazaré da Silva quinteto, com João Almeida, Bernardo Tinoco, Zé Almeida e Samuel Dias. Para além disso, tem feito trabalhos enquanto letrista, para o disco da Big Band Júnior, para um tema do contrabaixista Carlos Bica, entre outras colaborações. Em dezembro de 2021, recebeu o prémio RTP/Festa do Jazz, na categoria de músico revelação. Neste momento, é também professora de voz na Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, EMARTE e JAM.
João Neves (1987) estudou na escola de Jazz Luíz Villas-Boas (Hot Clube de Portugal) até ingressar na licenciatura em Jazz da ESML. Paralelamente aos estudos, começa a colaborar com alguns dos nomes mais proeminentes do panorama jazzístico nacional, gravando e tocando com Desidério Lázaro (Subtractive Colors, 2015), Afonso Pais & Rita Maria (Além das Horas, 2016), Luís Figueiredo (Kronos, 2017). Em 2016 é convidado a leccionar na escola de Jazz do Hot Clube de Portugal. Mais recentemente grava ainda com nomes internacionais como Luise Volkmann (Dreams to Come, 2021) e Calum Builder (Messe [You Are Where You Need To Be], 2021). Sempre aberto a outras formas musicais, alguns dos projectos que tem integrado fundem música de raiz portuguesa com outras abordagens, desde a improvisação à música contemporânea (Singularlugar, Guarda-Rios, Cantigas de Maio, da ROCHA :: HENCLEEDAY), ou pop electrónica (Mocho Gris), entre outros estilos. Partilhou o palco com Sérgio Godinho, Amélia Muge, Lena d’Água, Adolfo Luxúria Canibal, entre outros. Passa também por três produções cinematográficas dirigidas por João Botelho (Peregrinação, 2017; Um Filme em Forma de Assim, 2022) e Tiago Guedes (A Herdade, 2019). Em 2020 termina o mestrado em Music Performance no Rhythmic Music Conservatory, em Copenhaga, tendo formação com duas das suas maiores referências: Meredith Monk e Theo Bleckmann. Desde então tem vindo a auto-afirmar-se, assumindo pela primeira vez todas as fases criativas do seu projecto a solo (jo~ao), desde a composição à produção musical, abraçando a diversidade das suas influências musicais. Em 2022 edita o seu EP de estreia Myself as Well, uma viagem introspectiva sobre identidade, num pop electrónico alternativo.
Hugo Henriques (1995) iniciou os seus estudos músicais no saxofone, aos 10 anos, com a professora Rita Nunes e o tutor Eurico Carrapatoso no Conservatório Nacional, onde mais tarde completou o ensino secundário já em Canto sob a alçada de Filomena Amaro. Passou também pelo Hot Clube de Portugal na Big Band Junior dirigida pelo Maestro e Trombonista Klaus Nymark e depois pela escola Superior de Música de Lisboa onde prossegiu os estudos musicais. Marcou em presença em inúmeras masterclasses com músicos como Ed Partyka, Nick Smart, Paulo Gaspar, entre outros. Terminou os estudos em 2020, na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou Tecnologias da Música e Jazz. Como técnico de som, tem gravado Música de Câmara, Música Contemporânea e Jazz, com as mais diversas formações, nomeadamente o disco do Trio Adamastor, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2018, na categoria Música de Câmara, Nível Superior, em parceria com Mário Marques, da Universidade de Évora. Em 2019 participou no Festival Soa, como técnico de som, colaborando na montagem e criação de várias instalações sonoras dos artistas convidados pelo festival.
Henrique Coelho é cantor e professor. Com uma sólida formação musical, estudou no Conservatório Regional do Baixo Alentejo até ao 8.º grau e concluiu a licenciatura em Direcção Coral e Formação Musical na Escola Superior de Música de Lisboa.
Actualmente, integra o Coro Gulbenkian, onde ingressou em 2023. Paralelamente, colabora com o projeto da Capella de São Vicente, onde desempenha funções como professor e cantor. É também membro fundador do Coro Alto.
Ao longo da sua trajectória, participou em diversos grupos de referência, incluindo o Officium Ensemble, Nova Era Vocal Ensemble e Coro Ricercare, entre outros.
Tem experiência na área do canto, direcção coral e pedagogia musical, desenvolvendo o seu trabalho tanto na vertente artística como no ensino.