Multiversidade | Pós-Produção
Rogério Nuno Costa
Laboratório experimental + palestra-performance
Escola Superior de Media Artes e DesignMULTIVERSIDADE: Para a escrita de uma academia enquanto performance
Laboratório com Rogério Nuno Costa
25, 26 e 27 Set 14:00-19:00 | Escola Superior de Media Artes e Design, Sala B105
Gratuito, mediante inscrição prévia [formulário]
Público-alvo: Todas as pessoas, maiores de 18 anos, com ou sem experiência no ramo das artes performativas e/ou escrita.
Acessibilidade: Língua de trabalho principal: Português; algumas leituras e conversas serão conduzidas em Inglês. Prevê-se a realização de caminhadas, mas será possível adaptá-las a pessoas com mobilidade reduzida.
Gratuito, mediante inscrição prévia [formulário]
Público-alvo: Todas as pessoas, maiores de 18 anos, com ou sem experiência no ramo das artes performativas e/ou escrita.
Acessibilidade: Língua de trabalho principal: Português; algumas leituras e conversas serão conduzidas em Inglês. Prevê-se a realização de caminhadas, mas será possível adaptá-las a pessoas com mobilidade reduzida.
MULTIVERSIDADE – A defesa de uma tese para a especulação (futura) de uma universidade queer
Palestra-performance de Rogério Nuno Costa
28 Set (Sáb), 16:00 | Escola Superior de Media Artes e Design, Black Box
5 € | bilhete combinado (permite acesso ao espectáculo de Soa Ratsifandrihana) | M/12 | Duração: 75´(aprox)
Projeto meta-académico de Rogério Nuno Costa (laboratório experimental + palestra-performance)
Retrospetivando e concluindo a prática investigativa que tem ocupado Rogério Nuno Costa desde 2015, em projetos para-académicos que coexistem nas interseções entre Arte, Ciência, Filosofia e Cultura Pop, MULTIVERSIDADE propõe a produção, apresentação e problematização de um discurso especulativo e pós-ficcional que ambiciona a reconfiguração da Universidade moderna, quiçá também a previsão do seu futuro, através do exercício (queer) da falha/falta, executado enquanto dispositivo de resistência a modelos hegemónicos de produção e transmissão de conhecimento.
A intervenção antológica preparada para a 20.ª edição do Circular Festival inclui a apresentação da palestra-performance com o mesmo título, antecedida por um laboratório aberto sob o mote “Para a escrita de uma academia enquanto performance”, ambos nas instalações da Escola Superior de Media Artes e Design (Instituto Politécnico do Porto), em Vila do Conde. Foi nesse mesmo edifício, em 2008 (4.ª edição do Circular Festival), que o projeto MULTIVERSIDADE terá testado uma primeira elaboração teórica-prática – ainda na condição de protótipo –, num programa multidisciplinar intitulado “The Curator’s School” e conduzido colaborativamente por Rogério Nuno Costa e artistas-investigadorxs convidadxs. Após várias experiências proto-laboratoriais, o projeto arrancaria oficialmente em 2015, multiplicando-se numa série de grupos de trabalho, performances in situ e laboratórios experimentais instalados temporariamente em instituições académicas, centros de investigação e programas de estudos independentes.
Em 2021, o manancial de informação (essencialmente textual) é condensado numa palestra-performance retrospetiva, apresentada enquanto tese académica ou o seu infinito abstract. Elaborando e re-imaginando alternativas utópicas à academia contemporânea, a performance confronta a narrativa über-liberal da excelência e dos rankings, o status quo da pós-verdade, da massificação e da hiper-especialização, com a possibilidade de uma universidade sem “edifício”, desmaterializada e indisciplinada. Não uma universidade de muitos, antes uma universidade de múltiplos. Tecendo teorias metafísicas, para-científicas, pseudo-científicas e anti-científicas, o texto efabula várias heterotopias pedagógicas (radicais) a partir da teatralização de uma tese-enquanto-performance e da sua impossível defesa.
Uma versão ampliada e corrigida, ensaiada pela primeira vez n’O Espaço do Tempo em junho de 2024, integra agora os contributos reunidos nos últimos 3 anos, discutindo com que meios, modos, métodos e operações queremos construir uma meta-escola (ou uma escola “sem” escola) em terreno movediço. Esta intervenção inaugurará um novo e último andamento para o projeto MULTIVERSIDADE (Ano 4 - Pós-Produção), enunciando/anunciando a possibilidade de uma academia nómada, mais ou menos periférica, mais ou menos precária, simultaneamente elencando e experimentando modelos ex-titucionais de investigação, imaginação, deambulação e contemplação. Os resultados serão concluídos e compilados em 2025, em duas intervenções documentais a acontecer no Porto e em Helsínquia.
A intervenção antológica preparada para a 20.ª edição do Circular Festival inclui a apresentação da palestra-performance com o mesmo título, antecedida por um laboratório aberto sob o mote “Para a escrita de uma academia enquanto performance”, ambos nas instalações da Escola Superior de Media Artes e Design (Instituto Politécnico do Porto), em Vila do Conde. Foi nesse mesmo edifício, em 2008 (4.ª edição do Circular Festival), que o projeto MULTIVERSIDADE terá testado uma primeira elaboração teórica-prática – ainda na condição de protótipo –, num programa multidisciplinar intitulado “The Curator’s School” e conduzido colaborativamente por Rogério Nuno Costa e artistas-investigadorxs convidadxs. Após várias experiências proto-laboratoriais, o projeto arrancaria oficialmente em 2015, multiplicando-se numa série de grupos de trabalho, performances in situ e laboratórios experimentais instalados temporariamente em instituições académicas, centros de investigação e programas de estudos independentes.
Em 2021, o manancial de informação (essencialmente textual) é condensado numa palestra-performance retrospetiva, apresentada enquanto tese académica ou o seu infinito abstract. Elaborando e re-imaginando alternativas utópicas à academia contemporânea, a performance confronta a narrativa über-liberal da excelência e dos rankings, o status quo da pós-verdade, da massificação e da hiper-especialização, com a possibilidade de uma universidade sem “edifício”, desmaterializada e indisciplinada. Não uma universidade de muitos, antes uma universidade de múltiplos. Tecendo teorias metafísicas, para-científicas, pseudo-científicas e anti-científicas, o texto efabula várias heterotopias pedagógicas (radicais) a partir da teatralização de uma tese-enquanto-performance e da sua impossível defesa.
Uma versão ampliada e corrigida, ensaiada pela primeira vez n’O Espaço do Tempo em junho de 2024, integra agora os contributos reunidos nos últimos 3 anos, discutindo com que meios, modos, métodos e operações queremos construir uma meta-escola (ou uma escola “sem” escola) em terreno movediço. Esta intervenção inaugurará um novo e último andamento para o projeto MULTIVERSIDADE (Ano 4 - Pós-Produção), enunciando/anunciando a possibilidade de uma academia nómada, mais ou menos periférica, mais ou menos precária, simultaneamente elencando e experimentando modelos ex-titucionais de investigação, imaginação, deambulação e contemplação. Os resultados serão concluídos e compilados em 2025, em duas intervenções documentais a acontecer no Porto e em Helsínquia.
MULTIVERSIDADE:
Para a escrita de uma academia enquanto performance
Laboratório com Rogério Nuno Costa
Partindo da prática investigativa que tem alicerçado o projeto “Multiversidade” ao longo dos últimos 10 anos, proponho um laboratório experimental e experiencial que procure especular, colaborativamente, o futuro mais ou menos simples/mais ou menos condicional da “escola” através do exercício (queer) da falha enquanto resistência – anti-corporativa/capitalista e anti-heteronormativa – aos atuais modos de produção e transmissão de conhecimento. Proponho três sessões de discussão livre e errante, peripatética e desalinhada, onde possamos contar – lendo, escrevendo, conversando, deambulando, contemplando, parando… – a história futura que queremos que fique escrita no presente. Elaborando e ensaiando ficções pedagógicas radicais e fraturantes, construiremos em conjunto uma fábula para-artística e vivencial que faça a apologia do periférico e do marginal, do inconstante e do acidental, fazendo frente à cultura dominante, desafiando a convenção, desmistificando a autoridade. A edificação imaginária de uma escola “sem escola”; um movimento infinitamente imóvel que se traduzirá, invariavelmente, num regresso reparador às nossas zonas de conforto: “…que para escaparmos a um lugar, o melhor é deixarmo-nos ficar nele”.
Algumas notas sobre o laboratório
As sessões serão facilitadas por Rogério Nuno Costa com a participação remota de artistas-investigadores-pedagogos que se têm dedicado a projetos de re-formulação e re-imaginação da escola dentro e fora do contexto académico. Para além da leitura coletiva de textos e do estudo/discussão de alguns projetos-escola, serão realizados exercícios de escrita-enquanto-performance inspirados em operações de especulação, desatenção, deambulação, desaceleração, suspensão e fricção. O website do projeto (www.multiversity.pt) será o ponto de partida documental/referencial e, posteriormente, o repositório dos escritos produzidos durante o laboratório. Participantes terão acesso à conferência-performance “Multiversidade”, que será apresentada no dia 28, pelas 16:00, também na ESMAD. Ambas as ações inscrevem-se e anunciam o Ano 4: Pós-Produção do projeto “Multiversidade”, que concluirá em 2025.
Texto, Performance, Curadoria, Coordenação Editorial & Laboratório: Rogério Nuno Costa | Sound Art e Design Gráfico/Web: Jani Nummela | Fotografia: Alípio Padilha | Parceria: ESMAD
MULTIVERSIDADE é um projeto co-financiado pelos programas: Aalto Arts, Department of Art Grants (Aalto University, Finlândia); Reclamar Tempo (Teatro Municipal do Porto); Garantir Cultura/Fundo de Fomento Cultural. Co-produção: Circular - Festival de Artes Performativas de Vila do Conde. Co-produção em residência: O Espaço do Tempo (Artista Associado). Apoios: Associação Parasita, Escola Superior de Media Artes e Design (Instituto Politécnico do Porto), jornal Coreia, revista UMBIGO, CEM - centro em movimento. Residências: Kallio Stage (Helsínquia, 2020), CAMPUS Paulo Cunha e Silva (Porto, 2021). Proto-laboratórios e grupos de trabalho: Circular - Festival de Artes Performativas de Vila do Conde (2008); ArtEZ University of the Arts (Arnhem, 2008/09); Escola Superior de Artes e Design (Caldas da Rainha, 2008/10); Universidade de Coimbra (2011/12); E-motional/Re-Thinking Dance (Bucareste, 2014/15); Aalto University (Helsínquia, 2016/20); Porta33 (Funchal, 2017); Creative Commons Global Summit (Toronto, 2018); UNFINISHED Summer School, Armazém 22 (Vila Nova de Gaia, 2018/19); Grupo de Investigação em Estudos Performativos da Universidade do Minho, mala voadora (Porto, 2019); CEM - centro em movimento (Lisboa, 2020); RECURSO/Estrutura (Porto, 2021); O Espaço do Tempo + Encontro Es.col.Az/Associação Parasita (Montemor-o-Novo, 2023).
Estreia (conferência-performance): Rua das Gaivotas 6 (Lisboa, 2021). Tour: Atos de Fala ’22 - Materializar os Impossíveis (versão online), Teatro do Bairro Alto (2022); RE=INICIAR: Encontro de Artes Performativas/Ballet Contemporâneo do Norte, Imaginarius Centro de Criação (Santa Maria da Feira, 2022); SEMINÁRIO/seminarium_curated research_the academy as medium: THE ONGOING LECTURE (curadoria: Ana Rito), Bienal Cultura e Educação, Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2023); FOGO DE CAMPO/Visões Úteis, Escola de Artes Performativas da Jobra (Albergaria-a-Velha, 2023); QUEERMESS (curadoria: Teatro Praga), Universidade Católica do Porto (2023); O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo, 2024).
Rogério Nuno Costa (1978) é performer, encenador, escritor, investigador, pedagogo e curador. Vive e trabalha entre Portugal e a Finlândia, desenvolvendo trabalho para-artístico e documental de natureza híbrida e transdisciplinar, com um interesse especial na criação de objetos que cruzam arte e investigação (conferências-performance) e outros formatos híbridos. As suas peças exploram e problematizam os campos das artes performativas e da literatura nas suas interseções com a filosofia, a teoria de arte e as ciências sociais e da comunicação. Colabora com vários artistas na condição de dramaturgista e coordenador editorial. Tem dado formação em escolas artísticas independentes e lecionado em instituições académicas como a Escola Superior de Artes e Design (Caldas da Rainha), a ArtEZ University of the Arts (Arnhem) e a Universidade do Minho (Guimarães). Colaborador do Núcleo de Investigação em Estudos Performativos do Centro de Estudos Humanísticos (Universidade do Minho) e do Spaces of Artist Education (Society for Artistic Research). Desenvolve trabalho de escrita ensaística-performativa em publicações independentes/de autor e em colaboração com diversos projetos editoriais. O seu trabalho tem sido apresentado, produzido, co-produzido e/ou apoiado por várias estruturas, festivais, instituições culturais e centros de investigação, dos quais destaca: Teatro Praga, Rua das Gaivotas 6, Estrutura, Associação Prado, Alkantara, Advancing Performing Arts Project, Temps d’Images, Centro Cultural de Belém, Binaural, Circular, Teatro Viriato, Nomad Dance Academy, Tanzfabrik, ZonaD mobile platform, Festival Paragem, Museu de Serralves, TAGV, Cité Internationale Universitaire de Paris, Festival Citemor, m-cult, Aalto University, Université Paris Nanterre, Museum of Impossible Forms, New Theatre Helsinki, Transforma, Atelier Real, Dance kiosk, etc. Fez curadoria para vários programas artísticos e educativos, mais recentemente para o projeto SLURPS - näyttämö (Helsínquia). Atualmente é Artista Associado d'O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e membro do Globe Art Point (Helsínquia). Artista-investigador convidado no projeto STAGES - Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift (2023-25) a convite do Teatro Nacional D. Maria II. Desde 1999, o seu trabalho já foi apresentado em Portugal, França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Croácia, Finlândia, Roménia, EUA, Brasil e Canadá.