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Orbital Gesture

Raul Maia

Dança

Auditório Municipal de Vila do Conde

27 Set. (Sáb.) | 22:15
Estreia Absoluta

5 € | bilhete combinado (permite acesso ao concerto de Xexa) | M/12 | Duração aprox.: 64 min.
orbital gesture propõe uma “migração” do skate da rua para o palco. Coloca-nos no centro da experiência da activação do skate numa lógica performativa. Através do skate, não só redefinimos a nossa forma de locomoção, mas também a nossa condição anatómica, o nosso gesto. O skate torna-se o elemento de mediação com tudo o que nos rodeia. As órbitas traçadas entre os dois corpos tecem um caleidoscópio experiencial onde o gesto que nos projecta para o espaço é o mesmo que nos permite o diálogo com o outro.



orbital gesture
propõe uma “migração” do skate da rua para o palco. Coloca-nos no centro da experiência da activação do skate numa lógica performativa e potencialmente abstracta. Através do skate, não só redefinimos a nossa forma de locomoção, mas também a nossa condição anatómica, o nosso gesto, a nossa relação com o espaço e com o outro. Com os pés fixos na “tábua”, são agora os gestos cíclicos do torso que nos projectam no espaço, transferindo a sua energia para as rodas que nos fazem avançar. A direcção do olhar define as trajectórias. Pensamos as curvas. 
Ao substituirmos o andar pelo deslize, o skate torna-se o elemento de mediação com tudo o que nos rodeia. Para poder progredir no espaço o nosso corpo assume a linguagem da inclinação, da espiral, da compressão e descompressão do corpo, fazendo destes gestos não apenas uma escolha mas uma condição que define a nossa presença. 
Partindo da funcionalidade inerente à activação do skate, rumamos a uma dimensão abstracta e empática que se materializa nas formas de diálogo físico praticadas pelos dois intérpretes. As órbitas traçadas entre os dois corpos tecem um caleidoscópio experiencial onde o gesto que nos projecta para o espaço é o mesmo que nos permite o diálogo com o outro. Fundem-se as dimensões mecânica, linguística e estética. 
— Raul Maia

Direção artística: Raul Maia | Criação e interpretação: João Vladimiro e Raul Maia | Desenho de luz: Mariana Figueroa | Desenho de som: José Arantes | Partitura sonora (a partir de gravações próprias e excertos musicais): Raul Maia  
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian, Festival Circular, CRL (central eléctrica), Fogo Lento, Campus Paulo Cunha e Silva, Sekoia | Agradecimentos: Pedro Macedo





Raul Maia
é natural do Porto.
Coreógrafo, intérprete, pedagogo, criador sonoro no contexto das suas performances, surfista, pai de três filhos e músico amador.
Viveu e criou durante mais de 15 anos na Áustria e na Bélgica, fixando-se recentemente em Portugal.
O seu trabalho assenta na investigação, criação e prática de formas “alternativas” de comunicação física entre intérpretes e a sua posterior contextualização em objecto artístico. As práticas de linguagens físicas emergem da redefinição dos pré-condicionamentos que definem a relação entre o pensamento e o movimento no contexto específico de cada obra.
A sua criação artística divide-se entre as suas criações a solo, as criações em colaboração com o artista belga Thomas Steyaert e o seu mais recente colectivo “the extra Limb” com Clélia Colonna, que actua na intersecção entre a voz e o movimento.
O seu trabalho foi mostrado em vários teatros e festivais como o Festival DDD – Dias da Dança (pt), festival Circular (pt), ImpulsTanz (at), Xplore Dance Festival (ro), Potsdam Tanzfabrik (de), Idans Istanbul (tur), Tanzquartier (at), WUK (at) e Brut (at), entre outros.

João Vladimiro (Porto, 1981) é licenciado em Design Gráfico pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Como criador/intérprete, trabalhou com o colectivo Circolando, e com as coreógrafas Madalena Victorino, Karine Ponties (Bélgica), Joana Providência e Ainhoa Vidal.
A partir de 2006, inicia a aventura cinematográfica, frequentando o curso de realização de documentário dos Ateliers Varan na Fundação Calouste Gulbenkian, onde realiza Pé na terra, com o qual vence o Prémio de Melhor Realizador Português de Curta-Metragem no 3.º Indie Lisboa.
Depois disso, realizou Jardim (2008), Lacrau (2013) — vencedor dos prémios de “Melhor Longa-Metragem Portuguesa” e “Árvore da Vida” no 10.º Indie Lisboa —, A lã e a neve (2014) e Anteu (2018), que vence quatro prémios principais em festivais portugueses.
Estes filmes foram exibidos em importantes festivais estrangeiros como o FID Marseille, Mar del Plata, Viennale, Sevilha, Rio de Janeiro e, mais recentemente, com Anteu, em Nova Iorque, Roterdão e Buenos Aires, sempre nas competições principais.
É fundador da associação Fogo Lento e do espaço CAMPO, onde se desenvolvem actividades de aproximação entre as artes, as ciências e o mundo natural.

Mariana Figueroa nasceu no Porto em 1980. É desenhadora e técnica de luz.
É licenciada em Fotografia e Teatro pela Escola Superior Artística do Porto (1998–2002), com especialização em Luminotecnia pela Escola Superior de Tècniques de les Arts de l'Espectacle, em Barcelona (2008–2010).
Trabalha, desde 2010, como desenhadora e técnica de luz de espectáculos.
Como criadora, colabora com companhias de teatro, encenadores, actores, performers, bailarinos, artistas plásticos e músicos, entre os quais: Carla Veloso e Igor Gandra – Teatro de Ferro, Pedro Moura, JAS, Sopa de Pedra, António Durães, Catarina Costa e Silva, Quarteto Contratempus, Inês Campos, Porta-Jazz, Joana Castro, Filipe Moreira, Lola Sousa, Julieta Rodrigues, Costanza Givone, Catarina Falcão, Sandra Neves, Ana Rita Teodoro, Catarina Lacerda e Rodrigo Malvar – Teatro do Frio.