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  • © Mila Ercoli

Pienso casa, digo silla

Los detectives

Teatro

Teatro Municipal de Vila do Conde — Sala 1

25 Set | Sáb | 22:30
Pienso casa, digo silla centra-se nas experiências das visionárias da Idade Média, em especial na figura de Hildegard de Bingen, para nos questionarmos sobre o que significa acreditar no nosso mundo dessacralizado. O que é a experiência visionária e como poderia ser traduzida no mundo contemporâneo? Este trabalho gira em torno do potencial da fé e do que significa render-se completamente para accionar a mente do espectador. Um ritual em que três mulheres evocam a experiência mística por meio de posses catárticas, danças anacrónicas, visões e canções da vida após a morte.

Espectáculo falado em espanhol

Ideia e criação: Mariona Naudin, María García Vera, Marina Colomina e Amaranta Velarde | Interpretação: Mariona Naudin, María García Vera, Laia Cabrera | Mentoria: Sofía Asencio | Design de som: Pablo Schvarzman | Design de luz: Daniel Miracle | Apoios: La Caldera, colectivo de artistas ARTAS com o apoio de La Poderosa - espaço de criação e investigação de dança, Antic Teatre, El Graner, Festival Salmon, Festival Grec Barcelona | Apoio: Acción Cultural Española

Acción Cultural Española (AC/E) apoia o Circular 2021 através do Programa para la Internacionalización de la Cultura española (PICE), na modalidade de Mobilidade.

Data e local de estreia: Julho 2019, Festival Grec Barcelona – Antic Teatre

Los Detectives
reúne as artistas Mariona Naudin, María García Vera e Marina Colomina. O colectivo, fundado em 2016 em Barcelona, desenvolve projetos que investigam concomitantemente "o feminino" e as possibilidades da cena; questionando os limites de ambos os temas para gerar uma linguagem própria a partir dos temas que abordam e dos formatos que propõem. Os membros do grupo vêm de áreas como a antropologia, o cinema e as artes plásticas. Los Detectives aproveitam os seus interesses para ampliar as suas propostas cénicas através de um olhar mais plástico do corpo, a partir de exaustivos trabalhos de campo, interpretando referências bibliográficas da história, da filosofia, do cinema e da arte.
No seu trabalho, o coletivo está especialmente interessado em explorar a fragilidade, o ridículo e a experiência como um lugar de conhecimento, movido pelo desejo de relacionar o humor, o corpo e o pensamento a partir da sua identidade feminina. A partir da linha do estranhamento, estabelecem uma tentativa de diálogo com o público, colocando em prática as capacidades dos performers. Definem o seu trabalho como fresco e divertido, e também alcança diferentes tipos de pessoas.
Até ao momento, apresentaram duas peças: a primeira, “Kopfkino” (Mercat de les Flors, 2016) questiona as repercussões do consumo da ficção audiovisual sobre o corpo feminino e as suas identidades como mulheres numa perspectiva crítica, a partir de uma colagem física pontuada por imenso humor.  Na sua segunda peça, “Pienso casa, digo silla” (Festival Grec, 2019), o colectivo explora o universo místico medieval e, em especial, a figura de Hildegard de Bingen (monja, mística e visionária do século XII) para abordar a potencialidade da crença e do conhecimento experimental a partir do extraordinário contributo destas vozes femininas para a história; nesta peça, Los Detectives constroem uma narrativa inspirada por estas vozes a partir de uma perspetiva contemporânea.
Actualmente, o colectivo está a preparar a criação “Concrete Matter”, um trabalho no qual as referências a abordar são trazidas para palco pelas intérpretes. Neste projecto, trabalham com as suas figuras mais íntimas, as suas mães, para elucidar/desvelar de uma forma muito física a nossa relação com o prazer.

www.losdetectives.org