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  • © Bruno Simão

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Quando os Anjos Falam de Amor

Henrique Furtado Vieira com Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio Diogo Matias

Performance

23 — 27 Set
Ter a Sex: 18:00 e 21:30
Sáb: 11:00, 16:00 e 21:00
Estreia Absoluta

Gostavas de receber um espectáculo em tua casa?

As sessões podem acontecer em
Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Porto, Braga e Guimarães

Vamos a tua casa para realizar uma performance-ritual, inspirada nos Caça-Fantasmas, que olha para a intimidade como um espaço de prática e de partilha de histórias, gestos oraculares, oferendas afectivas e danças silenciosas que atravessam o visível e o invisível.

Inscreve a tua casa aqui ou liga para o 967490471 



Quando os Anjos Falam de Amor é uma performance-ritual que visita famílias e constelações afectivas para invocar, entre afectos e feridas, outras formas possíveis de cuidado. Cruzando gestos íntimos e escuta colectiva, convoca-se o amor como prática - encarnada, imperfeita, transformadora. Inspirada por bell hooks e guiada por lutos e sonhos, a peça é um chamamento para imaginar vínculos mais justos e fazer da intimidade um lugar seguro.



Quando os Anjos Falam de Amor
é uma performance-ritual que transforma a intimidade num gesto político de escuta e reparação. Inspirada nos Caça-Fantasmas, uma equipa de artistas-performers visita famílias e constelações afectivas para invocar as presenças invisíveis que habitam o tecido da intimidade - lutos, legados e desejos de amor.
Em cada casa transformada em território ritual, convocam-se as forças contraditórias do cuidado e da violência, os ecos dos antepassados, o amor como um estado que (se) transforma, e os sonhos por vir. Cada sessão é construída como um espaço de prática e de partilha de histórias contadas, palavras de luta, gestos oraculares, oferendas afectivas e danças silenciosas que atravessam o visível e o invisível.
Guiada pela pergunta "e se a intimidade pudesse ser um lugar seguro?", esta performance cruza o pensamento de pessoas como bell hooks, Edouard Louis, Alexandre Coimbra Amaral e Marshall Rosenberg, com práticas de cuidado colectivo, evocando anjos não como entidades salvadoras, mas como presenças internas, celulares, que sussurram outras formas de amar - menos idealizadas e mais encarnadas.
Aqui, o amor não é só um sentimento, mas uma acção concreta e subversiva: escutar com o corpo, falar com responsabilidade, cuidar sem anular ninguém, deixar-se cuidar sem medo. Os anjos desta performance não têm asas - têm carne, têm dúvidas, têm desejo de aprender.
Quando os Anjos Falam de Amor é um chamamento para que, entre os escombros do que herdámos, possamos imaginar vínculos mais justos, relações mais vivas, e novas possibilidades de comunhão. Um pequeno ritual pela paz - íntima, colectiva, radical.
Este trabalho nasce de um processo pessoal de perda e tentativa de compreensão: a ruptura de um núcleo familiar profundamente desejado, o luto por um projecto de vida que se desfez e a vontade profunda de oferecer, à minha filha e ao mundo, outra visão possível de “família” - uma onde o amor se manifeste como prática quotidiana, e não apenas como promessa ou ideal. Para tratar estas questões, convidei colaboradoras próximas a juntarem-se a mim neste processo, trazendo também as suas próprias histórias de amor e violência. Juntas, damos forma a uma resposta performativa que é, ao mesmo tempo, escuta, exposição e tentativa de reparação.
— Henrique Furtado Vieira, com Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio Diogo Matias

www.orumodofumo.com

Direcção artística, co-criação e performance: Henrique Furtado Vieira | Co-criação e performance: Catarina Vieira, Leonor Mendes e Sérgio Diogo Matias | Figurinos e Objectos: Marisa Escaleira | Olhar Exterior: Joclécio Azevedo | Registo Documental: Maria João Guardão | Coordenação de projecto: Daniela Ribeiro / O Rumo do Fumo | Produção executiva e comunicação: Carlota Borges Lloret / O Rumo do Fumo | Apoio financeiro: GDA, O Rumo do Fumo | Co-produção: Festival Circular, Temps d’Images, Asta - Teatro e Outras Artes - Covilhã | Agradecimentos: António Simões, Carlota Lloret, João Albano, Laura Virissimo, Leonor Cabral, Lígia Soares, Luísa Fidalgo, Mariana Ferreira, Paulo Quedas, Raquel André, Roque Ricardo, Simone Rodrigues, Sofia Simões, Tónan Quito
 


Henrique Furtado Vieira
é formado em engenharia de energia e meio ambiente, actualmente bailarino, performer e coreógrafo, Henrique Furtado Vieira vive em Lisboa. Efectuou a sua formação artística em várias instituições francesas (INSA de Lyon, Extensions – CDC de Toulouse, Prototype II e Dialogues III – Abadia de Royaumont).
Desenvolve a sua prática artística principalmente entre a criação coreográfica e a colaboração como intérprete com vários artistas tais como Bleuène Madelaine, Eric Languet, Aurélien Richard, Céline Cartillier, Tino Sehgal, Salomé Lamas, André Uerba, Sofia Dias & Vítor Roriz, Ana Renata Polónia, Vera Mantero, Boris Charmatz e Tania Soubry.
Pontualmente dedica-se à investigação, à pedagogia e à escrita em relação com a dança, em diferentes contextos e através de múltiplas parcerias (O Rumo do Fumo, Unlock Dancing Plaza, Ballet Contemporâneo do Norte, Colectivo 84, Comédias do Minho, GrETUA...), e mais recentemente tem estado envolvido como dramaturgista nas coreografias de Nicolas Hubert (Compagnie Épiderme) e de Giulia Arduca (Compagnie Ke Kosa). Fez a curadoria da segunda edição do projecto MATÉRIA, juntamente com Catarina Vieira e Josefa Pereira, organizando encontros, abertos à comunidade, com regularidade mensal, para a partilha de práticas artísticas.
Os seus trabalhos são frequentemente criados em sinergia com outros artistas como em Bibi Ha Bibi, com Aloun Marchal, em Stand still you ever-moving spheres of heaven, com Chiara Taviani, ou em Morrer pelos Passarinhos, com Lígia Soares.
Nos seus espectáculos / performances destaca-se a sobreposição de estilos e de géneros, a presença vocal na dança e o(s) espaço(s) da imaginação.
Tem colaborado e apresentado o seu trabalho em instituições como Aerowaves, CDC Toulouse, Festival de teatro e dança de Goteborg, Festival Roma Europa, rede europeia DNA, Teatro Municipal do Porto, Festival Temps d’Image, Espaço do Tempo, CCB, entre outros.
 
Catarina Vieira (1983, Aveiro, Portugal) é criadora e performer baseada em Lisboa. Licenciada em Formação de Atores e Encenadores, pela ESTC (Lisboa, 2007). Mestrado DAS Theatre (Amsterdam, 2018), com bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 2007 e 2015, criou, em colaboração com Solange Freitas, os espectáculos: Go Tell Fire To The Mountain (2015); Ex Machina (2014); Bugs (2013); O Festim (2012), em colaboração com o criador Tiago Cadete; Fora de Jogo (2011); Temporária (2010); Lá e Cá (2007). Como performer, trabalhou com Rimini Protokoll, Ricci/Forte, El Conde de Torrefiel, Jérome Bel, Edit Kaldor, Henrique Furtado Vieira, Marina Nabais, Raquel André e Cristina Carvalhal.
Responsável pela criação e direcção artística dos projectos: Chego sempre atrasada aos funerais importantes (Teatro Maria Matos,2018); Matéria, estúdio aberto para a partilha de práticas performativas; As canções que cantamos contra os muros que limpamos (2022), em colaboração com Aixa Figini e Josefa Pereira; Lugar X (2023- 2024), projecto de pesquisa artística em contexto, criado no âmbito do programa europeu PLANT- Performing Life Akademia Network. Tem desenvolvido processos de pesquisa situados, a partir do encontro com lugares/ comunidades/pessoas específicas. Interessada em criar encontros como situações performativas híbridas que questionam e expandem as modalidades de estar juntos. Esta prática propõe muitas vezes um convite à participação, de modo a gerar reflexão sobre gestos colectivos, agência, autonomia, responsabilidade partilhada, conflito e dissidência.
 
Leonor Mendes é bailarina e investigadora, mestre em Performance Studies pela Universidade de Nova Iorque (2023). Destaca o seu trabalho de intérprete com artistas como Joan Jonas, João Fiadeiro, Henrique Furtado Vieira, Márcia Lança e Madalena Vitorino. Desde 2021, colabora com os artistas Giovanna Monteiro e Vicente Antunes Ramos. As suas criações e projectos de investigação foram apresentados em Portugal, Brasil e Estados Unidos. Fez parte do departamento de programação no centro de investigação Movement Research, e co-coordenou a temporada de performances na Judson Church Theatre, em Nova Iorque (2024) com Martita Abril. É co-curadora da série de performances Offerings, na St Mary de Virgin Church em Nova Iorque. Completou o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas 5 do Fórum Dança (2021). É bolseira Fulbright (2022) e recipiente do Performance Studies Award pelo Dep. de Performance Studies, New York University (2023).

Sèrge, Sérgio Diogo Matias (1985) iniciou os seus estudos nas artes plásticas e em 2008 e 2010 ingressou na licenciatura de Interpretação/ Criação da Escola Superior de Dança. No último ano da licenciatura frequenta a ArteZ Hogeeschool, em Arnhem, sendo bolseiro do programa Erasmus. Em 2013/ 2014 fez o curso do Forum Dança, PEPCC. Como intérprete, destaca colaborações com Amélia Bentes, Miguel Pereira, Ballet Contemporâneo do Norte, Vânia Rovisco, Henrique Furtado, entre outros. Das suas criações e colaborações destaca Insólido (2014), MASS|MESS(2018), GEMINIS (2019) e LOOP (2019). Durante o ano lectivo de 2020/ 2021 foi aluno do curso de Composição e Performance Musical na Restart que culminou na apresentação/ concerto dos temas originais desenvolvidos ao longo do curso. Em 2023 desempenha o papel de Mário de Sá Carneiro, na peça “A Morte do Corvo”, direcção de Nuno Moreira, encenação de actores de Ana Padrão e direcção coreográfica de Bruno Rodrigues. Em 2024 é novamente aluno do curso do Fórum Dança, PACAP com direcção artística de Miguel Pereira e Nuno Lucas. No mesmo ano é intérprete-criador da peça “ O que é que é para fazer? “, com o grupo CIC-Rumo, contando com a direcção artística de Yana Suslovets.