Stage Vitrine
Supernova Ensemble e Silvestre Pestana
Música
Teatro Municipal de Vila do Conde — Sala 1 (palco)28 Set. (Sáb) | 22:30
- Lançamento do vinil "ON/OFF" de Supernova Ensemble após o concerto
5 € | bilhete combinado (permite acesso ao concerto de Clara Saleiro e Mariana Dionísio) | M/6 | Duração: 45´(aprox)
- Lançamento do vinil "ON/OFF" de Supernova Ensemble após o concerto
Supernova Ensemble apresenta Stage Vitrine, trabalho que se desenvolve a partir das obras do artista Silvestre Pestana com Leds display, enquanto forma Poética de escrita luminosa. Neste trabalho de visita e confronto às obras do artista, Supernova coloca em palco cenografia de Silvestre Pestana e cria ligações envolventes com as influências urbanas dos anos 80 e 90 que nos transportam para ambientes noturnos díspares em que a imagem luminosa de baixa resolução nos informa ou conduz em várias direções. Enquanto Poética de Escrita Luminosa de baixa resolução, que é inerente e intensamente urbana, associam-se padrões musicais hipnóticos, intensos, entre jogos do contemporâneo e do datado, pretende-se aglomerar mais sedimento à dimensão experimental da escrita luminosa.
Supernova Ensemble: José Alberto Gomes, João Dias, Miguel Moreira | Displays Leds: Silvestre Pestana | Direcção Artística: José Alberto Gomes, João Dias | Som: Daniel Santos | Luz: Emanuel Pereira | Agradecimentos: Escola das Artes/UCP | Co-produção: Circular Festival de Artes Performativas
Agradecimentos produção: Hugo Ramos
Supernova Ensemble integra o projecto Artista Residente da Circular
Agradecimentos produção: Hugo Ramos
Supernova Ensemble integra o projecto Artista Residente da Circular
José Alberto Gomes nasceu no Porto em 1983. É um músico, artista sonoro e investigador do Porto. Licenciado em Composição, criou laços muito fortes com as novas possibilidades tecnológicas e o papel da música no teatro, cinema, instalações e electrónica na improvisação, tendo especial interesse em procurar novas formas e novos “lugares” musicais. Doutorado em Computer Music pela Universidade Católica Portuguesa com a tese Composing with Soundscapes - Capturing and Analysing Urban Audio for a Raw Musical Interpretation, é actualmente docente na Universidade de Aberta e na Escola de Artes - UCP, nas áreas da Arte Digital, Som e Música por Computador. Foi curador do projecto Digitópia Casa da Música de 2013 a 2018 e programador do projecto educativo Circuito - Braga Media Arts, cidade criativa da UNESCO, nos anos lectivos de 2018 a 2020. Mantém uma actividade próxima com a música enquanto performer, compositor, maestro e artista sonoro tendo trabalhado com instituições e agrupamentos como Remix Ensemble Casa da Música, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, FITEI, Journées Européennes du Patrimoine, Fundação de Serralves, Teatro Oficina, TEP, Sonoscopia, Walk&Talk, Hong Kong New Music Ensemble, entre outros. Apresenta-se regularmente em projetos a solo, coletivos ou em parcerias (BlacKoyote, Digitópia Collective, Srosh Ensemble, Hans-Joachim Roedelius, Gustavo Costa, Ricardo Jacinto, Henrique Portovedo, Jon Rose), nas áreas de música e sonoplastia para peças de teatro, vídeo e cinema (From Peter Handke’s Essay about the Successful Day - Teatro da Comuna; Longe - FITEI/Rivoli; Cidade Domingo - Teatro Oficina/ Guimarães 2012; Prometeu - Teatro de Formas Animadas; Ínsua - Ruptura Silenciosa), como criador de instalações sonoras (A Perpetuação do tempo sob o presente - Journées Européennes du Patrimoine; Re-Interpretação Urbana - Fundação de Serralves, Substantive Derivative - Emiliano Zelada/Ingresso Pericoloso) e como compositor para electrónica e ensemble instrumental, (Remix Ensemble, Drumming, Nuno Aroso, João Dias, Henrique Portovedo, FactorE, Srosh Ensemble, Orquestra Estúdio).
João Dias é percussionista, licenciado e mestre pela ESMAE, na classe de Miquel Bernat, Manuel Campos e Nuno Aroso. Iniciou em 2016 o Doutoramento em Artes Musicais - Prática Instrumental, na FCSH da UNL e ESML com bolsa de doutoramento da FCT. É membro do Drumming GP desde 2004, com o qual já estreou dezenas de obras de compositores de várias nacionalidades, gravou oito cd’s monográficos dedicados à obra para percussão dos compositores registados, e participou em mais três não assinados pelo grupo. Integrou a European Youth Orquestra (2006-2009) onde trabalhou com o maestro e pianista Vladimir Ashkenazy, Rainer Seeguers (Berliner Philharmoniker) e Simon Carrington (London Philharmonic Orchestra). Em 2016 cria “Caixa Elétrica”, projeto a solo dedicado á disseminação da música portuguesa para percussão, apresentado em 2018 no Darmstadt Summer Course. Em 2018 consegue apoio do Criatório com o projeto a solo: DiRE-SoNo: “Discursos de (R)Evolução do Som no Espaço. Juntamente com o compositor José Alberto Gomes é diretor artístico de Supernova Ensemble, onde desempenha também o papel de intérprete. Supernova é um projeto que incuba no programa de artista em residência da Circular - Associação Cultural, e foi criado para ir ao encontro de uma comunidade internacional dedicada à música inovadora em contextos performativos, de Sound Art e New Media, com grande foco no trabalho de colaboração, e é composto por artistas de formações e orientações diversas.
PaceD é o seu mais recente projeto em duo de percussão do qual faz parte juntamente com o percussionista João Carlos Pacheco. Tem vindo a desenvolver vários outros projetos e colaborações, de salientar o mais recente trabalho que desenvolveu enquanto artista residente do projeto COPRAXIS Ectopia no i3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde), onde desenvolveu juntamente com o artista José Alberto Gomes um trabalho de exploração e criação entre arte e ciência, mais especificamente com o grupo Epithelial Polarity & Cell Division do investigador e group leader Eurico Morais de Sá, de onde resultou a obra/instalação “And it keeps going or the never-ending song of life”. É investigador do GIMC-CESEM, onde dedica particular interesse na mediação/colaboração entre compositor e intérprete na criação de nova música. É membro do Sond'Ar-te Electric Ensemble e colabora com Sonoscopia, Remix Ensemble, Coro Casa da Música entre outros. É docente na Universidade de Aveiro e na Universidade do Minho.
Miguel Moreira é guitarrista e compositor e um dos mais destacados músicos da comunidade jazzística em Portugal, reconhecido pela sua criatividade e abordagem tímbrica da guitarra. Gravou em edições discográficas e tocou nas mais importantes salas do país com Mário Santos (Nuvem), José Pedro Coelho Quinteto (Clepsidra), Remix Ensemble sob direcção de Peter Rundel e Brad Lubman, Drumming GP (Miquel Bernat), João Mortágua (Janela) (Dentro da Janela), Salgueirinha (Filipa Santos), Miguel ngelo (M.A.U.) Paulo Gomes (Map), Chris Cheek, Orquestra de Jazz de Matosinhos, Seamus Blake, Richard Bona, ensemble United Instruments Of Lucilin (Luxemburgo) entre outros. Em sexteto gravou "Câmbio" o seu primeiro trabalho iscográfico como líder e compositor, que teve a sua estreia no Ciclo Novos Valores do Jazz na Casa da Música. Foi artista residente no Festival Guimarães Jazz /Porta-Jazz 2019 onde estreou e gravou o seu mais recente registo “The Darkness of The Unknown” aclamado pela crítica como um dos melhores do ano 2020 pela Jazz.pt e editado pelo carimbo Porta-Jazz.
Silvestre Pestana é natural do Funchal. É licenciado em Artes Gráficas e Design pela ESBAP, mestre em Ensino de Arte e Design pela De Montford University. Foi professor da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra. Estudou Televisão e Música Electrónica na Universidade de Estocolmo. A sua obra impõe-se pela radicalidade das intervenções que, desde o primeiro momento, se apoiam num intencional hibridismo resultante do jogo e permutação entre signos linguísticos e signos não linguísticos. A contaminação que, nos anos 1960 e 70, deriva da utilização de material gráfico diverso, passará a encontrar, nos anos 80, um apoio na utilização do vídeo e dos meios informáticos. A este nível, pode dizer-se que a sua poesia para computador abriu novos rumos à poesia experimental. Misturando frequentemente, e de um modo intencional, questões relacionadas com a materialidade e a mediação, na sua obra os procedimentos baseados em sistemas digitais aparecem misturados com a representação de carácter analógica. Os seus trabalhos recentes, no âmbito da performance, em espaços reais ou virtuais como o Second Life, são fundamentais para aferir o modo como as práticas experimentalistas interferem com as práticas sociais em que se articulam.
Daniel Santos é técnico de som na Fundação Casa da Música desde 2012 e produtor musical e engenheiro de gravação freelance desde 2008. Os seus estudos musicais tiveram início na Academia de Música de Sandim com o Professor Francisco Claro na classe de guitarra e culminaram na Licenciatura Bietápica de Produção e Tecnologias da Música em 2007 na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Depois de alguns anos em regime freelance onde prestou serviços de gravação, mistura e sonorização é convidado a integrar a equipa da Casa da Música, com a qual colabora desde 2008, enquanto técnico de som. Teve oportunidade enquanto funcionário da casa da música de aplicar os seus conhecimentos nas áreas de sonorização de concertos, assim como de gravação de vários “ensembles” e assistência musical a gravações. Enquanto profissional em regime freelance foi responsável por várias edições discográficas nas áreas da música erudita e tradicional como o agrupamento Capela Duriensis (Naxos 2013, 2014 e 2016) e Cardo Roxo (Edição autor 2014, 2015, 2017 e 2019) entre outros.
Emanuel Pereira nasceu no Porto em 1982 e iniciou os seus estudos no ano de 2000 na Academia Contemporânea do Espectáculo, onde tirou o Curso de Técnico de Iluminação, passando também pela Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Curso de Design de Iluminação e Sonoplastia. Começou o seu Trabalho Profissional na ‘Porto 2001 Capital da Cultura’, trabalhou como freelancer no Teatro N. São João,Teca, Teatro do Campo Alegre e Rivoli Teatro Municipal. Assumindo a Direcção Técnica do Balleteatro em 2003, passando também como técnico residente pelo Teatro do Campo Alegre em 2004. Em 2005 entra para a Fundação Casa da Música, onde ainda hoje faz parte de Equipa Técnica, realizando inúmeros concertos de todas as vertentes musicais. Desde então tem trabalhado com vários artistas de renome nacional e internacional. Sendo um precursor e amigo do Designer David Sobral, o qual o encaminhou para o Design de Iluminação do Drumming Grupo de Percussão desde 2007. Realizou vários espectáculos de várias tonalidades, desde concertos com crianças, óperas internacionais, obras encomendadas, concertos de compositores portugueses e internacionais, percorrendo as maiores salas do país. Como Designer tem elaborado trabalhos ao nível de desenho de iluminação e operação para artistas tais como Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Orquestra de Jazz de Matosinhos, entre outros.
Supernova Ensemble foi criado em 2022 para ir ao encontro de uma comunidade internacional dedicada à música inovadora em contextos performativos, de Sound Art e New Media. Com um propósito ousado, pretende apoiar novos artistas através da encomenda de obras e performances a desenvolver num novo contexto de trabalho, para atender a novos públicos. Supernova Ensemble pretende construir um ambiente no qual ideias sonoras novas e poderosas fluam livremente entre géneros e media.
A sua programação única e distinta inclui música, obras de teatro musical, dança, projectos com vídeo, música de câmara, ensemble e instalações sonoras.
A programação assentará no convite regular de personalidades artísticas de todos os géneros artísticos (não apenas compositores) que desejem trabalhar com som. Desta forma, o projecto orienta-se para a execução de obras originais, ajustando-se o ensemble às necessidades do(s) artista(s) e da obra artística e não o contrário. Esta flexibilidade é possível graças a uma formação dinâmica, que oscila entre um grupo nuclear e uma formação alargada através do convite pontual a outros artistas.
O Ensemble é composto por artistas de formações e orientações diversas (jazz, clássica, moderna, improvisada, experimental, musical, new media ou tecnológica), exponenciando as potencialidades artísticas para servir as necessidades das criações, seja a nível de capacidade de execução e interpretação de uma partitura ou de performance conduzida ou improvisada, como também apoiando a criação, através da aplicação ou consolidação de ideias aos instrumentos.
Supernova Ensemble está sediado no norte de Portugal como um projecto artístico independente, incubado no projecto “Artista Residente” da Circular. A Circular, sedeada em Vila do Conde, promove anualmente, desde 2005, o Circular Festival de Artes Performativas e desde 2012, o projecto "Artista Residente".