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Lançamento do Jornal Coreia #6 com a participação de Clara Amaral

8 de Março | Lisboa: Galeria Zé dos Bois, 18:00
9 de Março | Porto: ESMAE, [hora a definir]
9 de Março | Vila do Conde: Escola de Dança do Centro Municipal de Juventude de Vila do Conde, 19:00
10 de Março | Coimbra: Laboratório Chimico/Linha de Fuga, 18:30
11 de Março | Ponta Delgada: Vaga, 19:00
Coreia é um jornal semestral dedicado a escritos de artista e a propósito das artes em geral, firmado numa relação com a dança. Nesta edição #6 do jornal, publicamos um capítulo da tese de doutoramento de André Lepecki, dedicado à peça A Dança do Existir (1994) de Vera Mantero abrindo reflexões sobre a pós-memória da guerra colonial. A investigadora e coreógrafa Vânia Gala escreve sobre exclusão de corpos e práticas negras no ideário de “corpo universal” na dança e performance ocidentais. A bailarina e coreógrafa Piny estabelece uma relação entre política urbanística, arquivo arquitectónico e danças de rua. Transcrevemos uma conversa entre a coreógrafa italiana Chiara Bersani, Diana Niepce e Carla Fernandes sobre a potência política do olhar e o corpo fora da norma nas artes performativas. O médico Miguel Teles reflecte sobre a empatia na prática da medicina moderna e o corpo a partir do livro de Diana Niepce Anda, Diana. Prestamos homenagem ao artista e encenador Jan Ritsema, falecido em outubro de 2021, com a publicação de um caderno de escritos com Jonathan Burrows sobre a sua peça conjunta Weak Dance Strong Questions. O artista visual e editor italiano Emiliano Aversa escreve a partir da teoria de homeostase do neurologista António Damásio numa relação com o gesto na dança. O artista paulista Renan Marcondes escreve uma crónica sobre a eficácia discursiva de obras de arte partindo de comentários à performance de Eleonora Fabião para a 34.ª Bienal de São Paulo. Um colectivo formado no PACAP 5 do Forum Dança, composto por Andrei Bessa, Giovanna Monteiro, Leonor Mendes, Roberto Dagô e Vicente Ramos, faz um exercício de escrita a partir da prática de Composição em Tempo Real de João Fiadeiro. Os artistas colaboradores espanhóis Julián Pacomio e Ángela Millano elaboram sobre práticas de apropriação e cópia na literatura e na performance para reflectir sobre o seu trabalho. A artista visual Isabel Cordovil tece uma linha entre a continuidade da vida e a prática da arte em perspectiva do fim e da morte. Guilherme Figueiredo escreve um pequeno conto sobre o joelho, a flexão e as suas diferentes camadas sociais. O artista vilacondense Miguel Pipa propõe uma partitura para a utilização do jornal. E da artista Clara Amaral publicamos a tradução de um texto sobre ler e escrever e as vozes que circulam entre uma prática e a outra.

O lançamento do jornal será acompanhado pela performance de um capítulo de She gave it to me I got it from her de Clara Amaral, “um livro e uma coreografia, lida em voz alta e manuseada”. A performance em seis partes será repartida entre Lisboa, Porto, Vila do Conde e Coimbra, concluindo-se em Ponta Delgada.


CONTRIBUIÇÃO #6 Ángela Millano & Julián Pacomio, André Lepecki, Andrei Bessa, Giovanna Monteiro, Leonor Mendes, Roberto Dagô & Vicente Ramos, Carla Fernandes, Chiara Bersani & Diana Niepce, Clara Amaral, Emiliano Aversa, Guilherme Figueiredo, Isabel Cordovil, Jan Ritsema & Jonathan Burrows, Miguel Pipa, Miguel Teles, Piny, Renan Marcondes, Vânia Gala
TRADUÇÃO Inês Cardoso & José Gil (estagiários), Joana Frazão, Pedro Cerejo, Paula Caspão, Sara Santos
REVISÃO Pedro Cerejo, Daniel Lühmann
TRANSCRIÇÃO Inês Cardoso & José Gil (estagiários)
PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Associação Parasita, Circular Associação Cultural
DIREÇÃO EDITORIAL e EDIÇÃO João dos Santos Martins
DESIGN GRÁFICO Isabel Lucena
APOIOS Escola de Dança do Centro Municipal de Juventude de Vila do Conde, ESMAE (Porto), Galeria Zé dos Bois (Lisboa), Linha de Fuga (Coimbra), Vaga (Ponta Delgada)
AGRADECIMENTOS Alkantara, Eleonora Fabião, Maus Hábitos

coreia.pt

She gave it to me I got it from her de Clara Amaral tem design gráfico de Ronja Andersen e Karoline Swiezynski, edição de Isabelle Sully, objectos de Olga Micińska, foi publicado pela Kunstverein Publishing e financiado por Mondriaan Fonds, Veem House for Performance, Amsterdam, Members of Kunstverein, Alkantara e Teatro do Bairro Alto.

Clara Amaral (Fundão, 1984) trabalha com texto e performance. A partir de uma prática artística interdisciplinar, questiona o que significa ser leitora, ser escritora, tentando expandir modos, já existentes, de leitura, escrita e publicação.

João dos Santos Martins (Santarém, 1989) é artista. A sua prática distribui-se em múltiplas colaborações, experimentando entre formatos vários como a coreografia, a exposição e a edição.

Créditos da imagem Coreia #6: nós aqui, entre o céu e a terra, Eleonora Fabião e colaboradorxs, 2021. Trabalho comissionado pela 34ª Bienal de São Paulo. Foto: Jaime Acioli. Cortesia da artista.

Créditos da imagem de C. Amaral: Clara Amaral, She gave it to me I got it from her (2021). Foto: Joana Linda. Cortesia da artista.