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O Lugar do Meio

Carlota Lagido

Conversa

Teatro Municipal de Vila do Conde - Foyer 3.º piso

27 Set. (Sáb.) | 15:00
(por motivos de greve, a conversa estava prevista para dia 20 Setembro às 15:00 e passou para dia 27 Setembro às 15:00)

Entrada livre | Conversa realizada no âmbito do projeto Protótipos de Encontros, com curadoria de Joclécio Azevedo

M/12 | Duração aprox.: 90 min.
Carlota Lagido irá partilhar imagens e reflexões em torno do projecto O Lugar do Meio, tendo como foco a prática artística e a experimentação no contexto das situações de encontro proporcionadas pelas residências artísticas. O Lugar do Meio é um espaço de iniciativa privada localizado na aldeia de Alfafar, no concelho de Penela, onde residem Carlota Lagido, mentora e directora artística do projecto, e Nuno Patinho, director técnico. A aldeia é envolvida por floresta e mata nativa, atravessada por muros de pedra seca em calcário. Os espaços de apresentação incluem ambientes naturais, as eiras públicas e privadas, o Jardim da Preciosa e um estúdio interior. A principal linha de actuação do Lugar do Meio centra-se na programação transdisciplinar regular, com especial enfoque na dança contemporânea e música improvisada em contexto de residência artística, através de apresentações de processo, concertos e espectáculos que também entrelaçam práticas rurais, tradicionais e ambientais de carácter colectivo. Cada apresentação constitui uma oportunidade de encontro com o público à volta da mesa, promovendo o debate, o pensamento crítico e o convívio. O Lugar do Meio é, antes de mais, uma casa — um espaço habitado por pessoas, animais e artistas — e um lugar de celebração contínua.


Carlota Lagido
(Lisboa, 1965) é bailarina, coreógrafa, figurinista e artista visual. É desenhista de aves e outras naturezas. Estudou desenho na New York Academy of Arts. Tem uma pós-graduação em Design de Cena (figurinos) pela IPL -Escola Superior de Teatro e Cinema.  Frequenta o Curso de Desenho da Natureza e Ilustração Científica, no MHN em Lisboa, com Pedro Salgado. Estudou dança clássica e moderna, na Escola Profissional do Ballet Gulbenkian e em Nova Iorque, no Peridance School.  Dançou com Meg Stuart, Francisco Camacho, Rui Horta e Joana Providência. O seu trabalho como coreógrafa tem características transdisciplinares, onde cruza o desenho e o vídeo com a prática performativa. Dos seus trabalhos destaca: notforgetnotforgive (1999-2025), Monster (2009), The importance of nothing (2012), Ro.Ger (2014) 50 Toneladas (2015), Jungle Red (2018), MINA (2020/2021), Mina, song of myself (2022), Silvestre (2022), Atlas (2024), projetos apoiados pela Dgartes e GDA.
É figurinista para dança, teatro e cinema desde 1988. Colaborou com Francisco Camacho, Tiago Cadete, Albano Jerónimo, Francisca Manuel, Clara Andermatt, Vera Mantero, Companhia da Chanca, Paulo Ribeiro, Nuno M Cardoso, Aldara Bizarro, Lúcia Cigalho, Rita Vilhena, Bruno Senune, Yael Karavan, Amélia Bentes, Francisca Manuel, Jo Castro, Maurícia Barreira Neves, Rui Catalão, Teresa Coutinho, Teatrão. 
Fez programação de atividades artísticas no espaço Eira em Lisboa, entre 2003 e 2011, desde formações, residências e apresentação públicas. Em 2022, fundou O Lugar do Meio- associação cultural e ambiental em Alfafar. Fez a curadoria do ciclo de exposições de bailarinos e performers que desenham - Cérebro, olhos, mãos e papel nos Estúdios Victor Cordon em 2024 e 2025.  
 


Protótipos de Encontro

A conversa decorre no âmbito do projecto Protótipos de Encontro que pretende, a partir das práticas artísticas, repensar modos de organização e de participação numa sociedade plural. Criando espaços de experimentação prática, residências e laboratórios performativos, o projecto tem como objectivo testar materialmente formas de cooperação dentro e fora da produção artística. Apesar de mais associada ao design ou ao mundo digital, a palavra protótipo é aqui entendida como uma possível forma de experimentação, convocada enquanto ferramenta metodológica, estabelecendo uma base de diálogo com colectivos de artistas, artistas individuais e investigadores convidados. Dando espaço a encontros programados e espontâneos, à imprevisibilidade e à possibilidade da falha, o fundamental será experimentar e testar em conjunto novos vocabulários, ecologias e configurações de práticas existentes ou por inventar. As relações de poder na vida quotidiana, a distribuição e desempenho de papéis na experiência colectiva, são alguns pontos de partida para problematizar configurações e modos de interação no espaço social.

Curadoria Protótipos de Encontro: Joclécio Azevedo | Produção: Circular Associação Cultural