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  • Ana Vaz, 'Meteoro', 2024. Fotograma 16mm transferido para 2K, 24

  • Ana Vaz, 'Meteoro', 2024. Fotograma 16mm transferido para 2K

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  • Ana Vaz, 'Meteoro', 2024. Fotograma 16mm transferido para 2K

  • Espaço para dia sem sol © Isadora Soares Belletti

O que aconteceu ainda está porvir

Ana Vaz
ft. Isabel Carvalho Maïa, Tellit Hawad, Olivier Marboeuf

Exposição

Solar Galeria de Arte Cinemática

21 Set (Sáb) | 18:00 Inauguração + Visita Guiada
[21 Set a 9 Nov | Seg - Sáb | 14:00 - 18:00]

Entrada livre

Ana Vaz é uma artista e cineasta cuja prática cruza o cinema, a instalação e o texto performativo. É no limbo do contágio entre elementos histórico-etnográficos e especulações ficcionadas que as suas peças dissecam práticas destruidoras do nosso tempo e, talvez, daqueles que ainda virão. Profundamente implicados com a modernidade colonial e ambiental, os seus filmes imprimem experiências sensorialmente carregadas que testam a perceção humana, expandindo-a para lá dela própria, até outras forma de vida.

Ana Vaz apresenta o segundo e novo episódio da série de poemas cinematográficos que tem vindo a desenvolver, onde é tecida, nas palavras da artista, “uma etnografia sci-fi de diferentes capitais europeias enquanto eixos do pensamento colonial”. “As cidades são vistas como alucinações, revelando aquilo que parece ausente e que contamina o que vemos: seu passado colonial e seus futuros desastres. Passado e futuro, histórias e presságios entrelaçam-se sob o olhar prismático de autores como Isabel Carvalho, Maïa Tellit Hawad e Olivier Marboeuf”.

O projecto expande-se até ao Teatro Municipal de Vila do Conde, onde tomará lugar não só um momento de leitura performativa conduzido pela artista – ou, mais precisamente, pela sua voz -  como também a exibição de quatro filmes seus: Occidente, Há Terra!, Apiyemiyeki? e A Idade da Pedra.

Produção e parceria: Solar Galeria de Arte Cinemática | Circular Festival de Artes Performativas



Ana Vaz, artista e cineasta, nasceu no planalto central brasileiro habitada pelos fantasmas enterrados pela capital federal modernista Brasília. Cerratense de origem e andarilha por escolha, Ana viveu nas terras áridas do Brasil central e do sul da Austrália, nos pântanos do norte Francês e nas margens orientais do Atlântico norte em Portugal. Atualmente traça a sua caminhada entre Paris e Brasília. Consequências ou expansões da sua cinematografia, as suas atividades se incorporam também na escrita, na pedagogia crítica, em instalações ou caminhadas coletivas.
Os seus filmes são apresentados e discutidos em festivais de cinema, seminários e instituições tais como a Tate Modern, Palais de Tokyo, Jeu de Paume, Berlinale Forum Expanded, New York Film Festival, TIFF Wavelengths, Cinéma du Réel, Courtisane, entre outros. Entre as exposições individuais do seu trabalho destacam-se “É Noite na América”, Jeu de Paume (Paris), Pivô (São Paulo) e Escola das Artes (Porto); “The Voyage Out”, LUX Moving Images (Londres); “Profundidad de Campo”, Matadero (Madrid). Os seus filmes e instalações foram incluídos em exposições coletivas como "Shéhérazade, la nuit”, Palais de Tokyo (Paris); “Somewhere from here to heaven”, Azkuna Zentroa (Bilbao); "Penumbra", Complesso dell'Ospedaletto (Veneza); Biennale Gherdëina (com Nuno da Luz); “36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão”, MAM (São Paulo); Thessaloniki Biennial; “Meta-Arquivo: 1964-1985. Espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura”, SESC Belenzinho (São Paulo).
É NOITE NA AMÉRICA (2022), a sua primeira longa, foi premiada em Locarno, Festival dei Popoli, Entrevues Belfort, FIDOCS. Foi distinguida com o "Kazuko Trust Award" pela Film Society of Lincoln Center (2015) e “Grand Prizes” de Punto de Vista (2020), 25FPS (2020), Cinéma du Réel (2016), Media City Film Festival (2015), Fronteira festival do filme documentário e experimental (2015), entre outros. Foi nomeada para o Prémio PIPA em 2017 e 2022.
Ana é também integrante e fundadora do coletivo COYOTE, juntamente com Tristan Bera, Nuno da Luz, Elida Hoëg e Clémence Seurat, um grupo interdisciplinar que trabalha nos campos da ecologia e ciência política através de formas experimentais (conversas, derivas, publicações, eventos e performances).




PROJECTO CAVE

Exposição 
Espaço para dia sem sol 
Isadora Soares Belletti


 
Espaço para dia sem sol

Espaço para dia sem sol é uma narrativa que orbita em três escalas:
a de um dia;
de uma vida;
e a de uma geração.

Os movimentos da luz solar sobre a Terra se encontram com os deslocamentos continentais
de uma vida.
O movimento do sul para o norte, lá onde a luz é escassa e propicia tendências melancólicas
do olhar,
transmitidas de geração em geração.
É uma visão habitada por mundos distintos, pelo espaço entre eles
À semelhança do crepúsculo, povoado pelo sol e pela lua
ao mesmo tempo por alguns minutos
eternalizados na retina daqueles que
circulam.

— Isadora Soares Belletti

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Para a sua primeira exposição individual, a convite da artista Ana Vaz, Isadora Soares Belletti apresenta o filme-instalação « Espaço para dia sem sol » que se desdobra no espaço da CAVE. Guiado pela temporalidade de um dia, o filme constrói-se a partir do encontro com Talula Rodriguez e sua filha Tarick, navegando por noções de maternidade, cumplicidade, deslocamento e imigração.

Isadora Soares Belletti (1995 - Belo Horizonte, Brasil) é artista multidisciplinar. Estudou cinema e comunicação social na FAAP, São Paulo, antes de se mudar para França, onde prosseguiu os seus estudos na Beaux-Arts de Paris. Na sua prática, a artista explora as relações entre seres vivos (humanos e/ou outras formas de vida) e paisagem, através de uma perspectiva do deslocamento, do afecto e da compreensão contextual. Seja produzindo filmes, fotografias, ou instalações, Isadora cria pontes que ligam esses elementos por meio de narrativas expandidas, moldando ambientes sensoriais onde a percepção, o movimento e as experiências do corpo e do olhar desempenham um papel central.

Espaço para dia sem sol
2024
16mm transferido para 2k, cor, som 2.1
Duração: 12'45''

Com a participação de: Talula e Tarick Rodriguez | Realização e imagem 16mm: Isadora Soares Belletti | Imagem digital: Clarisse Pillard | Assistente de direcção: Lucie Wahl | Assistente de produção: Frida Flores | Som directo: Elise Ravera | Mix de som: Mathias Arignon | Correcção de cor: Matthias Joulaud | Produção: Curtas Metragens CRL, Circular Festival de Artes Performativas | Agradecimentos: Joshua Merchan Rodriguez; Perrine Béteille e equipe Non-Étoile; Ana Vaz; José Saraiva; Noelia Portela; Teresinha Soares; Riza Soares; Angelica Mesiti; Marion Naccache; Clara Schulmann; Clement Erhardy; Tania Gheerbrant.