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  • Occidente, Still © Ana Vaz

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  • Há Terra!, Still © Ana Vaz

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  • Apiyemiyekî?, Still © Ana Vaz

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  • A Idade da Pedra, Still © Ana Vaz

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  • A Idade da Pedra, Still © Ana Vaz

  • A Idade da Pedra, Still © Ana Vaz

Occidente + Há Terra! + Apiyemiyeki? + A Idade da Pedra

Ana Vaz

Cinema

Teatro Municipal de Vila do Conde — Sala 2

25 Set (Qua) | 21:30

Acesso gratuito, mediante levantamento de bilhete | M/6
A sessão integra o programa da exposição O que aconteceu ainda está porvir de Ana Vaz na Solar Galeria de Arte Cinemática
Occidente
2014 (França, Portugal) 16mm transferido para vídeo HD; vídeo HD e SD, cor, som 5.1, 15’
 
Antiguidades tornam-se conjuntos de jantar reproduzíveis, aves exóticas tornam-se uma moeda de luxo, exploração torna-se turismo de esportes extremos, monumentos tornam-se dados terrestres. Um filme-poema de uma ecologia de signos traça uma história colonial que se repete: celebrações e relações de poder, objetos e fetiches, raízes e troncos, poder e classe numa busca para encontrar o seu lugar, o seu lugar ao redor da mesa.
 


Há Terra!
2016 (Brasil / França) 16mm transferido para vídeo HD, cor, som 5.1, 13’
 
Há terra! é um encontro, uma caçada, uma história diacrônica de olhar e tornar-se. Como em um jogo, como em uma perseguição, o filme erra entre o personagem e a terra, a terra e o personagem, o predador e a presa. Movimentos rápidos de câmera parecem perseguir uma jovem que habita as terras de origem kalunga no Brasil central. A voz em off no tempo presente parece se fundir com o passado na miopia da lente teleobjetiva. O loop de som recorrente de um homem gritando "Terra! Terra!" evoca a memória distante do colonialismo. Mas a beleza dessa colagem se baseia na impossibilidade de o espectador deixar esse passado "passar". » (trecho do texto de Charlotte Garson para o festival Cinema du Réel 2016).
 

 
Apiyemiyekî?
2019 (Brasil, França, Holanda, Portugal) 16mm transferido para 2K, som, cor e preto-branco, 29’
 
Apiyemiyekî? é um retrato cinematográfico que parte do arquivo de Egydio Schwade, educador brasileiro e militante pelos direitos dos povos indígenas – Casa da Cultura de Urubuí, localizado na sua casa em Presidente Figueiredo (AM), onde atualmente são conservados mais de três mil desenhos feitos pelos Waimiri-Atroari, um povo nativo da Amazônia brasileira, durante a sua primeira experiência de alfabetização. Os desenhos compõem uma memória visual coletiva a partir da sua experiência de aprendizagem, perspectiva e território, ao passo que testemunham uma série de ataques violentos sofridos pelo povo Waimiri-Atroari durante a ditadura militar.

Obra comissionada para a exposição Meta-Arquivo: 1964-1985 – Espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura, no Sesc Belenzinho, em São Paulo.
 

 
A Idade da Pedra
2013 (Brasil, França) 16mm transferido para vídeo HD, CGI, cor, som 5.1, 29’
 
"Era tão artificial como deveria ter sido o mundo quando criado” - Clarice Lispector.
 
Uma viagem ao Centro-Oeste brasileiro nos conduz a uma estrutura monumental, petrificada no centro do cerrado. Inspirado pela epopeia da construção de Brasília, o filme parte desse momento histórico para recriá-lo em um tempo futuro ou passado. Seguindo os traços que nos conduzem a esse monumento, o filme descobre uma história de exploração, profecia e mito.
 


Co-produção exposição O que aconteceu ainda está porvirCircular Festival de Artes Performativas e Curtas Metragens CRL/Solar Galeria de Arte Cinemática

Solar Galeria de Arte Cinemática
 
Ana Vaz, artista e cineasta, nasceu no planalto central brasileiro habitada pelos fantasmas enterrados pela capital federal modernista Brasília. Cerratense de origem e andarilha por escolha, Ana viveu nas terras áridas do Brasil central e do sul da Austrália, nos pântanos do norte Francês e nas margens orientais do Atlântico norte em Portugal. Atualmente traça a sua caminhada entre Paris e Brasília. Consequências ou expansões da sua cinematografia, as suas atividades se incorporam também na escrita, na pedagogia crítica, em instalações ou caminhadas coletivas.
Os seus filmes são apresentados e discutidos em festivais de cinema, seminários e instituições tais como a Tate Modern, Palais de Tokyo, Jeu de Paume, Berlinale Forum Expanded, New York Film Festival, TIFF Wavelengths, Cinéma du Réel, Courtisane, entre outros. Entre as exposições individuais do seu trabalho destacam-se “É Noite na América”, Jeu de Paume (Paris), Pivô (São Paulo) e Escola das Artes (Porto); “The Voyage Out”, LUX Moving Images (Londres); “Profundidad de Campo”, Matadero (Madrid). Os seus filmes e instalações foram incluídos em exposições coletivas como "Shéhérazade, la nuit”, Palais de Tokyo (Paris); “Somewhere from here to heaven”, Azkuna Zentroa (Bilbao); "Penumbra", Complesso dell'Ospedaletto (Veneza); Biennale Gherdëina (com Nuno da Luz); “36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão”, MAM (São Paulo); Thessaloniki Biennial; “Meta-Arquivo: 1964-1985. Espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura”, SESC Belenzinho (São Paulo).
É NOITE NA AMÉRICA (2022), a sua primeira longa, foi premiada em Locarno, Festival dei Popoli, Entrevues Belfort, FIDOCS. Foi distinguida com o "Kazuko Trust Award" pela Film Society of Lincoln Center (2015) e “Grand Prizes” de Punto de Vista (2020), 25FPS (2020), Cinéma du Réel (2016), Media City Film Festival (2015), Fronteira festival do filme documentário e experimental (2015), entre outros. Foi nomeada para o Prémio PIPA em 2017 e 2022.
Ana é também integrante e fundadora do coletivo COYOTE, juntamente com Tristan Bera, Nuno da Luz, Elida Hoëg e Clémence Seurat, um grupo interdisciplinar que trabalha nos campos da ecologia e ciência política através de formas experimentais (conversas, derivas, publicações, eventos e performances).