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  • © João Tuna

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  • © M.Zakrzewski

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Terra Nullius

Paula Diogo

Teatro

Teatro Municipal de Vila do Conde — Ponto de encontro

22 Set (Qui) | 18:30 
23 Set (Sex) | 18:30
24 Set (Sáb) | 18:30
Acesso gratuito [inscrição] | M/12 | duração aprox. 1h30m

Transporte assegurado do Teatro Municipal até Azurara. Percurso a pé entre a praia de Azurara e o molhe da Nossa Senhora da Guia (aproximadamente 4 kms)
Aconselha-se o uso de roupa e calçado confortáveis e disponibilidade para caminhar.

Terra Nullius é um espectáculo-percurso que tenta capturar a experiência de um lugar distante. Durante um ano, Paula Diogo esteve em Reykjavik a desenvolver um projeto que tentava capturar uma ‘experiência do lugar’ cruzando-a com narrativas pessoais e colectivas. Como procedimento usou duas acções simples: caminhar e escrever.

Terra Nullius é um espectáculo que transborda do espaço do teatro, ocupando a geografia urbana da cidade e o espaço virtual de discussão e pensamento. A versão final do projecto foi apresentada em Outubro de 2020 no Teatro Nacional D. Maria II, tendo sido apresentado em várias cidades da Europa e América Latina, desde então. Neste momento, o trabalho é uma grande tapeçaria sonora que cruza geografias e as coloca em diálogo com cada nova cidade a que chega.
Para cada nova localização um percurso é desenhado na cidade, criando uma sobreposição com a faixa sonora pré-existente. O público é então convidado a caminhar pela cidade em grupo. A experiência termina com a leitura solitária do livro Terra Nullius, que é distribuído a cada elemento do público.

Terra Nullius foi um termo criado pela lei internacional para definir territórios que não pertenciam a ninguém e por isso podiam ser ocupados e declarados como território “novo”. Mas o termo Terra Nullius encerra também um significado poético. Uma ideia de território inexplorado, território não reclamado onde é possível viver fora de leis de mercado e de produção, uma espécie de oásis de liberdade onde seria possível recomeçar e repensar uma ideia de sociedade. Etimologicamente significa também literalmente terra de ninguém, terra sem dono, terra que não pode ser reclamada, ponto zero.



Direcção de projecto, criação e performance: Paula Diogo | Texto e voz: Paula Diogo | Criação sonora: João Bento | Apoio à dramaturgia: Alex Cassal | Apoio à criação: Alfredo Martins, Elsa Mencagli, Estelle Franco e Renato Linhares | Conceito e coordenação da edição: Paula Diogo e Frame Colectivo (Agapi Dimitriadou e Gabriela Salazar) | Design gráfico: Masako Hattori | Fotografia de cena: João Tuna | Revisão: Ana Macedo, Alberto Piris Guerra e Manuela Sousa Tavares | Produção executiva: Vanda Cerejo e Daniela Ribeiro | Apoio à comunicação: Carlos Alves | Co-produção: Má-Criação e TNDMII | Residências de co-produção: Citemor, Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas e O Espaço do Tempo | Parceiros à criação: Alkantara, Galeria Zé dos Bois | Apoio à Residência Artística: Companhia Olga Roriz | Apoio: CML - Polo Cultural Gaivotas | Boavista | Apoio à criação (Vila do Conde): Alexandre Sá e Carlos Alves

Trabalho desenvolvido como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e Fundo Cultural da GDA em 2018/19.
Paula Diogo é uma artista apoiada pela apap - FEMINIST FUTURES, um projecto co-financiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.
Projecto financiado pela República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes.
A Má-Criação é uma estrutura apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa e acolhida pelo espaço Alkantara.

Agradecimentos Circular
: Rádio Onda Viva, Marcelo Lafontana

ma-criacao.com



Paula Diogo é actriz, performer e encenadora com um percurso marcado por processos colaborativos, dedicando-se à criação e à produção de objectos artísticos. Tem uma licenciatura em Teatro pela ESTC em Lisboa e um Mestrado em Artes Performativas pela Icelandic Academy of Arts. Co-fundadora de várias companhias e colectivos tais como o Teatro Praga, TRUTA e O Pato Profissional, tem trabalhado ao longo dos anos com diversos artistas e companhias, nacionais e estrangeiros.
Mais recentemente fundou a Má-Criação, uma plataforma que reúne criadores de diferentes percursos e geografias e integra o colectivo Celestial Bodies, um novo projecto dedicado à abertura de espaços que integram práticas de solidariedade, cuidado, empatia e espanto. Paula Diogo é uma das artistas apoiadas pela apap - FEMINIST FUTURES um projecto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia. Vive em Lisboa.